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Jesus e Maria serão Duas Testemunhas muito vivas no meio de nós, agora, quando Deus regressar do Túmulo em que O sepultámos após a Primeira Vinda.
Quando Jesus afirma que regressará, sempre entendi esta Sua Palavra como um Regresso definitivo. Mas, estranhamente, só agora estou tomando consciência deste facto. O Nono Dia será justamente o Dia do Firmamento desta Sua Presença entre nós - para sempre. O misterioso tempo em que de novo ao Demónio será permitido sair do Abismo será o último tempo de prova para a Fé dos discípulos de Jesus, depois do qual todo o tempo estará consumado e Deus será tudo em todos. Estará completada assim a Segunda Criação e o segundo Sétimo Dia será verdadeiramente um Dia eterno e será definitiva e absoluta a Paz.
Custa-nos muito aceitar isto que acabo de escrever. Olhamos o presente e o passado e não conseguimos ultrapassar a desconfiança de nós próprios. Achamos sempre que o Paraíso, mesmo admitindo que ele um dia venha a ser uma realidade no Universo, nunca será para nós nem para os nossos filhos. Sabemos que esse Sonho, se por acaso se realizasse no decurso da nossa vida terrena, mesmo que só em embrião, determinaria um autêntico sismo em toda a obra humana realizada até hoje. Temos a sensação de que nenhuma reforma das instituições, nenhuma revolução das mentalidades, nenhuma guerra mundial levada a cabo em nome da justiça por todos os oprimidos da terra produziria efeitos diferentes do que até agora produziram todas as reformas, todas as revoluções, todas as guerras santas: um peso sempre maior da Obra Humana, invariavelmente morta, esmagando a Vida!
Ora o Regresso de Jesus determina a suspensão pura da Obra Humana. Ele implica o Regresso ao Paraíso, à situação anterior ao Pecado, em que Adão e Eva viviam nus, em harmonia perfeita com a Natureza, liberta ainda de qualquer obra humana. Ao Homem pertencia justamente guardá-la de qualquer toque que a destruísse ou sequer manchasse, elevando ao Criador a surpresa do seu coração pela Beleza que continuamente lhe seria dado desvendar. Como imagem de Deus que era, ao Homem seria dado também criar. Mas apenas com o desejo do seu coração de criatura, que Deus satisfaria, feliz. Criar. Nunca destruir o que estava criado. Criar verdadeiramente. Isto é, tirar do Nada. Conforme Jesus me disse um dia: uma papoila pode muito bem ter sido um desejo de um anjo, que Deus satisfez, tirando-a do Nada. Não importa que, como aquando da criação do Homem, Deus tenha permitido ao anjo que formasse a papoila do pó da terra…
Sabemos que a Redenção operada de forma definitiva na Primeira vinda de Jesus deu, àqueles que O receberem, o poder de se tornarem Filhos de Deus, Filhos verdadeiros, naturais. Agora, portanto, o poder de criar já não é, no Homem, apenas o de criatura, o de imagem de Deus; é um poder natural, um poder de Filho!
É justamente deste poder de Filhos que vamos tomar consciência quando Jesus regressar. Pelo reconhecimento do Pai. E pelo reconhecimento da Mãe!
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