– 10:56:06
Estou vendo na reacção do padre F. a dificuldade que a Instituição terá em se pôr em causa. Ora é isso mesmo que a Instituição terá que fazer para aceitar o caminho que nesta Profecia é traçado.
Acabo de ler o que escrevi no dia de S. Pedro, há quase quatro anos (29/6/97, às 10:19:59), em que ficou gravado mais um dos objectivos impossíveis do meu Herói:
“– Preciso de te dizer hoje como deves proceder perante o Invasor, quando ele assolar a Minha Igreja, penetrar no Meu Santuário e nele abolir o Meu sacrifício Perpétuo.
– Não devo resistir-lhe?
– Quero que o venças, conquistando-lhe o coração”.
Não quer, pois, Jesus a Sua Igreja refundada sobre a excomunhão da velha Igreja. O Mestre acredita poder vencer o próprio Rebelde pela via do coração! Como alguém que atravessa montes e vales para encontrar o remédio com que espera curar o seu corpo atacado de doença incurável, assim também agora os discípulos de Jesus esperarão que a Igreja se reconheça doente até aos ossos e aceite ir procurar o remédio onde o mundo diz que ele não se pode encontrar: na entrega de si própria à morte, segundo o caminho que o seu Mestre lhe indicou e que Ele próprio percorreu.
Jesus confia em nós até ao último alento do Seu Coração. Confiará sempre, até à Consumação dos Séculos, em que se tornará eterna toda a decisão de anjos e homens. Mas não deixará nunca de proclamar, com toda a radicalidade e clareza, a distinção entre Bem e Mal, justamente aquilo que a Serpente antiga quis destruir para sempre no coração do homem. Nunca tentará comprar o coração das pessoas com o sacrifício da Verdade. Há-de sujeitar-Se certamente, no corpo e no espírito dos Seus discípulos, a toda a dor que esta proclamação inflexível Lhe acarretar.
Mas há-de anunciar a Verdade sempre pela via do coração. Nunca avançará com proposições doutrinárias para serem aceites pela Razão; dará só o testemunho simples da ingenuidade de quem confia sem reservas e por isso entrega o coração. Ele será agora, de novo, outra vez e em verdade, o indefeso Cordeiro de Deus avançando até à boca do lobo, porque até o lobo Ele ama, até no lobo Ele vê, escondido, um coração capaz de amar. Ele crê em que até o lobo se pode tornar Seu irmão.
Desta vez o Cordeiro de Deus avançará ao encontro de todos os lobos, se assim se pode dizer, com uma Fé mais sólida ainda, com uma Esperança acrescida. É que Ele leva Consigo a inocente Pomba de Sião. E sabe que o Espírito não resiste ao mínimo dos Seus desejos. E sabe do Encanto do Pai ao ver a Sua Rainha tão leve e frágil encandeando com a Sua inocência os olhos e o coração de todos os lobos.
E considero agora deveras significativo que o Mestre tenha situado no dia de S. Pedro aquela Sua tão ingénua declaração de que o próprio Invasor Ele espera conquistar pela via do coração. Acentua assim a base em que assenta a designação do Seu Pedro na Igreja que vai renascer: o Amor, exclusivamente. Ele vê na Igreja o Cordeirinho inocente envolvido sempre pela ternura quente de Maria.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário