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Muitas e diversificadas coisas me disseram já os Sinais. Os mais hirtos e mudos, os algarismos, abriram-me já insuspeitadas portas para a imensidão do Mistério. Mas nunca eles me condenaram.
E é também esta uma das grandes fontes das minhas dúvidas: não serei eu que lhes dou uma interpretação desculpabilizante, porque isso me convém, uma vez que me dá um ar de impecabilidade e me põe assim a salvo de críticas e rejeições? E é claro que na devastação que agora me assola, também esta dúvida não poderia faltar. Mas repare-se como é nestas ocasiões que mais frequentemente me aparecem os Sinais contrários! Aqueles acima, por exemplo, insistem em que a Senhora protege quanto escrevo, em que o Espírito me assiste e em que esta caminhada me está tornando cada vez mais um só com Jesus.
Ora este procedimento de Deus condiz de forma enternecedora com aquilo que Jesus nos revelou acerca do Pai do Céu: desde que alguém reconheceu a perversão do caminho em que seguia e lhe inundou o coração uma ânsia sincera de regressar à Casa da sua origem, o Pai fica tão feliz, que não leva em conta a traição do filho e só Lhe arde o Coração na ânsia incontida de curar todas as feridas de que o filho vem cheio e de lhe fazer a festa do regresso. E não me sai do coração aquilo que ficou gravado na Escritura para todos os séculos futuros: enquanto a Lei nos sobrecarrega de pecados, Jesus veio justamente tirar todo o pecado do mundo!
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