25/2/01 - 3:48 - Évora
Entreguei ontem mais quatro exemplares dos Diálogos a outras tantas pessoas. Disse-lhes que era com “temor e tremor” que lhes oferecia aquele livro. São, de facto, quatro pessoas de quem me sinto mais próximo, por haver uma aceitação mútua mais evidente, mais natural, mais calorosa. Mas não me admirava nada de que me respondessem com desinteresse ou mesmo rejeição. Admito, portanto, perder estes amigos.
- Maria, vem amparar esta minha débil Fé. Eu não deveria estar mais tranquilo interiormente ao entregar aqueles livros?
- O que deves é ser sempre sincero em cada momento.
- Mas aquele meu receio não significa uma falta de confiança no Espírito, em Jesus, no Pai, em Ti?
- Não escreveste já tantas vezes que Jesus te vai conservar todas as deficiências da carne até à morte? Não é claro para ti que te encontras ainda no Deserto?
- Então esta insegurança pode ser uma insegurança boa?
- Não entregaste, apesar de tudo, os livros?
- Eu falava em público do meu Segredo, se Tu mo pedisses claramente.
- Não Me pediste que abençoasse todos os teus passos?
- Sim, havia uma especial expectativa relacionada com esta viagem…
- E porque não acreditas no que pedes? É aqui que eu queria muito forte a tua Fé: acredita sempre no que pedes ao Céu.
- É que tudo parece querer esvaziar as minhas expectativas, uma a uma…
- Lembra-te de quanto tempo teve Jesus que esperar, para que as Suas expectativas se realizassem! E não acabou toda a Sua pregação num fracasso?
- Eu também espero o fracasso da minha pregação. Mas se ela nem sequer começa…
- E sabes tu por acaso os passos que Jesus deu antes das bodas de Caná?
- Ele também tentou fazer passar a Sua Mensagem, sem o conseguir?
- Não viveu Ele todos os anos da Sua vida escondida constatando que o rumo das pessoas O deixava em total solidão?
- Sim… E lembro-me agora também do que Tu própria tiveste que esperar para veres realizada a Promessa que na Anunciação Te tinha sido feita.
- E vê que expectativas e que sobressaltos teve que padecer a minha Fé!
- Sim, imagino com que ansiedade Tu acompanhavas todos os passos da vida anónima de Jesus e que sobressaltos não terás vivido na Sua vida pública!…
- Achas que estou agora menos presente na tua vida do que estive na de Jesus?
- Tu estás acompanhando todos os meus passos?
- Com que ansiedade!…
- E vives já os meus sobressaltos nesta véspera da minha vida pública?
- Com que expectativa!…
- Minha Pequenina! Como desejava sentir-Te mais!… Que falasses nítido…que Te visualizasses, sei lá…
- Não tenhas medo. Está sendo muito bom, em cada momento, aquilo que te vai acontecendo. Eu sei que crês na eficácia do Espírito…
- Ah, sim! Como uma criança completamente fascinada!
- São 5:54!
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