Conhecemos estas palavras de Jesus. E conhecemos também estas: Se não
vos fizerdes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus. Mas o que fizemos
destas palavras? Envolvemo-las numa aura romântica – Jesus e as criancinhas! –
e pronto: foi por esta via que as esterilizámos.
13/1/96 – 5:35
São estes os algarismos que no início me
levaram à escrita e à vigília. Mas eram 5:44 quando me levantei e por estes
Sinais Jesus confirma e abençoa os Escritos e a vigília.
– Meu Mestre bom e sábio, vem falar comigo,
vem dizer-me os Teus Desejos grandes e pequeninos, vem manifestar-me a Vontade
do Teu Pai e meu Pai.
– A Vontade do Pai é que faças a Sua
Vontade.
– Por isso mesmo: diz-me qual é, neste
momento, para que eu a escreva e a execute.
– Estás já fazendo o que Ele mais deseja:
sentir o teu coração desejoso de fazer a Sua Vontade.
– Só?
– Basta. Querer de todo o coração o que Deus
quer é ter já entrado no Seu Reino.
– Onde só Ele manda, não?
– Faz-te alguma impressão, não faz?
– A impressão que me faz é saber muita gente
escandalizada com aquela verdade.
– Escandalizada com a Verdade?
– Sim, meu querido Provocador. Aqui neste
mundo que fabricámos parece que já só a Verdade escandaliza. Até as crianças
logo bem cedo as habituamos à violência, à mentira, ao horror.
– Entendes então agora porque querer o que o
Pai quer é tudo?
– Sim. Mas querer é um estado de alma… E é
preciso transformar o mundo. Não basta querer; é preciso fazer.
– Nunca vos preocupeis em fazer nada. Foi
essa preocupação de fazer que criou o mundo de dor em que viveis.
– Quando eu proclamar este Teu Evangelho,
serei corrido à pedrada ou ao insulto: eu estarei pregando a maior das
revoluções; se alguém me ouvir, será
corrido também; se muitos aderirem a este Evangelho, haverá um terramoto na
Cidade; se todos aderissem, a Cidade ficaria deserta e em ruínas.
– Isso
tudo? E estavas tu com medo de que tudo parasse!
– Mas o que assim ficou feito foi uma ruína.
– Sim. A ruína de tudo aquilo que o Pai não criou.
– E não quer? O Pai nada quer do que nós
construímos?
– Vinde saber o que o Pai quer. Se o
terramoto acontecer, se a Cidade ficar deserta, isso que importa, se estiverdes
ouvindo o Desejo do vosso Pai? Acaso não saberá o vosso Pai cuidar de vós?
Há-de porventura deixar-vos morrer à fome, ao frio? Há-de abandonar-vos por
terdes vindo saber o Desejo do Seu Coração?
– A atitude que Tu assim nos estás pedindo é
a da criança… Agora recordo: eu acordei, não sei porquê, com o desejo de ser
criança!
– Sim. Se não vos fizerdes como crianças,
não podereis entrar no Reino dos Céus.
– Sabemos isso, Jesus. Há dois mil anos que
o sabemos.
– Então porque não pondes em prática o que
sabeis? Porque tornastes ocas as Minhas Palavras? Porque não acreditais em Mim?
– Nós acreditamos todos que Tu és bom e
disseste a Verdade.
– Não acreditais, não! Repara: se acreditais
em que vos deveis fazer crianças, porque vos não fazeis crianças? Que fé é essa
que não faz aquilo em que acredita?
– Ah! Enquanto não fizermos o que Tu
disseste, não acreditamos em Ti, não temos Fé?
– Vê bem: quando Eu disse ao Pedro que
viesse ter Comigo à barca andando por sobre as águas, se ele não tivesse vindo,
que fé seria a dele?
– Então enquanto não nos fizermos crianças é
porque ainda não acreditamos em Ti?
– É.
– Então são muito pouquinhos os que
acreditam em Ti.
– E quantos são os que Me admiram?
– Todos.
– O que Eu quero de vós é a Fé, Salomão.
Admiradores tenho Eu muitos e de nada Me servem.
– Pois, Jesus. Às tantas até Te prejudicam:
tiram a visão aos que Te querem ver, servem-se de Ti…
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