No início do encontro pessoal com Jesus, Ele
desperta em nós uma verdadeira paixão. Nasce então um conflito entre o tempo
que desejaríamos dedicar-Lhe e os afazeres da vida, de que não podemos
prescindir de repente, conforme nos apeteceria…
2/12/95 – 3:13
A minha oração de todos os dias é que eu
seja um instrumento de alta precisão nas Mãos do Mestre. Sinto, por outro lado,
a Mãe, este Encanto novo, acompanhando os meus passos. E os Sinais que ambos me
fazem têm trazido ao meu coração a Paz. Sei que o meu Senhor quer mais, sempre
mais, mas confio cegamente em que Ele me dirá, em cada momento, o que devo
fazer. E sinto-me caminhar. Quanto se alterou a minha visão das coisas! Quanto
Mistério novo me foi revelado, quantos passos nos Mistérios antigos me foi dado
avançar! Tantos são os Dons, que se tornam, por esse facto, a origem principal
das minhas dúvidas! Vou assim caminhando, de olhar levantado para os montes, à
espera do primeiro Sinal da Aurora. E neste caminhar a única coisa necessária é
o Alimento celeste, porque é longo o caminho e violenta a luta que me espera…
– Mãezinha, vem cá: não era possível dar
aulas e fazer ensaios de coração sempre agitado pelo Teu Encanto e pelo Ardor
do Teu Filho? Ou aulas e ensaios são coisas a eliminar, a prazo, como
empecilhos à dedicação exclusiva ao Reino dos Céus? Vês o que aconteceu neste
preciso momento? Porque fui eu pensar no cavalete para a personagem do pintor,
que ainda me falta fazer?
– Porque não está ainda feito, não achas?
– E Tu não Te importas que assim interrompa
a conversa para falar num cavalete?
– Tu não interrompeste conversa nenhuma: não
estávamos a conversar sobre os teus problemas? Se o cavalete é um problema…
– Mas devia ser um problema? No Reino dos
Céus também cabem cavaletes?
– Se com cavaletes se caminhar para lá,
porque não?
– Mas são caminhos muito indirectos, estes…
Eu queria era pregar directamente o Teu Jesus e a Sua Vinda.
– O único pregador é Jesus e tu já sabes
que Ele pode transformar um cavalete num sermão inteiro.
– Então…espero?
– Sim, mas não de braços cruzados. Faz, em
cada momento, aquilo que Jesus te disser. Há um tempo para tudo, Meu sábio, não
leste e não sabes já?
– Sei, Mãe. Mas se puderes apressar o dia em
que eu possa falar abertamente em tudo quanto tenho visto e ouvido….
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