O Sinal do fim da vigília disse-me que o Espírito me estivera assistindo naquele diálogo com a Senhora - um diálogo cujo tema era a irritação provocada por uma gripe!
Eu tinha
tentado procurar, para lá da irritação, coisas que minimamente pudessem ser
consideradas Palavra de Deus; um diálogo à volta de uma gripe irritante
parecia-me não ter a mínima hipótese de se tornar Palavra de Vida eterna. Mas
eu recebi de Jesus um Princípio muito fácil de seguir: transformar em palavras
o que se passa dentro de mim, seja o que for, bem ou mal, agradável ou
desagradável, alegre ou triste, grande ou insignificante. E assim tenho feito.
Mas às vezes invade-me o receio de escrever uma Profecia deprimente, tão vasto
e contínuo é o Deserto em que me movo, em que o mal, o desagradável, o triste,
o insignificante necessariamente predominam. Então, como hoje, sem que disso me
aperceba, dou comigo a perscrutar os fundos da minha Alma, a ver se de lá me
vem qualquer coisa de agradável ou grande, passando por cima do desagradável ou
trivial, que encontro à porta, mas que de facto é a única coisa que de concreto
tenho a ocupar-me o mundo das sensações.
Maria veio
dizer-me, mais uma vez, que Jesus não quer assim. Aos Seus amigos, Ele
convida-os a perpetuarem na terra a Sua Incarnação, cuja finalidade é buscar o
que estava perdido, mudar o mal em bem, o desagradável em agradável, o triste
em alegre, o insignificante em coisa preciosa. Não o podemos fazer por nós próprios, é certo, mas
podemos derramar nessas coisas o Espírito Omnipotente de Deus!
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