– Escrevo, Jesus?
– Escreve.
– …uma Novidade maior do que a da Tua
Primeira Vinda, há dois mil anos!
– Porque hesitavas em escrever?
– Porque aquilo que estou vendo não cabe na
cabeça de ninguém.
– É bom que assim seja.
– Que as cabeças estoirem com a Novidade que
está para vir?
– Sim. Queres ajudar-Me a eliminar as
cabeças?
– Às Tuas Ordens, Chefe! Sabes o que estive pensando, não sabes?
– Sei. Conta.
– Que me queres um verdadeiro pastor do Teu
Rebanho, mas não um Papa institucional, como os conhecemos até agora. Neste
sentido, ser Papa poderia ser pura e simplesmente guiar a Tua Igreja através
destes Escritos!
– E se assim fosse apenas, ficarias triste?
– Acho que ficava um pouco desiludido.
– Queres então ser Papa mesmo, em pessoa, e
não só através destes Escritos, não queres?
– Quero, Jesus! De que me serviria
mentir-Te? Percorre-me um entusiasmo louco ao imaginar-me à janela da basílica
de S. Pedro, de calça de ganga e em mangas de camisa, em ocasião soleníssima em
que todas as câmaras de televisão do mundo inteiro me estivessem focando, lendo
uma declaração solene em que se anunciasse o abandono de tudo aquilo. “Aquilo”
toda a gente estaria entendendo que se tratava daquelas construções, do
Vaticano inteiro e, por extensão, de todos os sinais de riqueza e poder na
Igreja inteira. Mais diria a declaração que tudo aquilo, se o não quisesses
destruir simplesmente com a Tua Mão poderosa, viraria peça de museu
testemunhando às nações o Pecado da Igreja que, enfim, mercê do recente dilúvio
da Tua Graça, acabava de confessar e abandonar!… É palermice, não é, isto que
digo? Mas ah, Mestre: tanto gostava que assim pudesse ser!
– E será!
– Como?
– Será assim, Meu querido amigo.
– Ah, Mestre, cá por mim… Faz-me Papa e vais
ver como eu Te executo este Sonho!
– Meu querido tolinho! Havemos de fazer isso
e havemos de fazer coisas ainda maiores!
– Eu sei, Mestre: Tu não tens medida absolutamente
nenhuma!
– Tenho: a medida do Amor.
– Ah! É por isso que ainda não me
incendiaste o coração!?
– É. O Amor tem uma medida para cada
criatura, para cada tempo.
– Mas arromba sucessivamente todas as
medidas, não arromba?
– Arromba.
–
Então esta conversão da Tua Igreja pode durar séculos!?
– Será mais rápida do que julgais. Mas não
esqueças que a conversão da Igreja se funda na conversão dos corações, de cada
coração.
– Então, se não me levasses a mal, eu
pedia-Te neste momento que me fizesses Papa, Papa em pessoa, para além dos
Escritos: Tu sabes perfeitamente desta minha devoradora ânsia de Te ajudar a
destruir o Papado!
– Acrescenta isso que estás a pensar.
– Como Tu destruíste o baptismo de João,
fazendo-Te baptizar por ele.
– E…?
– Acrescento?
– Acrescenta.
– Como Tu destruíste o Pecado, deixando-te
crucificar por ele.
– Diz, Salomão, diz isso mesmo que agora
sentiste.
– Que acabas de me profetizar o martírio.
– Importas-te?
– Quero seguir o Teu Caminho até ao fim , Tu
sabes. Mas sei que só com a Tua Coragem o conseguirei.
– Eu gosto muito de ti, Meu Salomão. Não te
vou abandonar.
– Foi isso que me quiseste dizer através da
Vassula logo que cheguei aqui ao café?
– Conta.
– O segundo volume abriu-se-me numa página
em que o indicador apontava justamente o nome “Pedro”. A frase inteira diz
assim: “Minha filha, como anseio por ver Pedro, o Meu Pedro, visitar tua
irmã…”. Vi, pelo contexto, que esta “irmã” é a Rússia. Chamou-me também a
atenção uma nota da Vassula, imediatamente antes desta frase e depois da
promessa do Senhor ao Seu Profeta, ao dizer: “Espera e verás”. Diz assim a
Vassula: “Tive a impressão de que Jesus estaria a esconder muitas coisas que se
viriam a conhecer depois. Parecia emocionado” (1/2/88). Não pude deixar de
pensar em mim como o Teu Pedro e numa futura missão relacionada com a Rússia
que me irás entregar. Que posso eu fazer? Não és Tu o responsável por tudo
isto?
– Sou. Com muita alegria.
São 11:07, que logo virou 8: a Paz, que me
vem da Luz e do Espírito, é-me trazida pela Rainha, abençoando e protegendo as
palavras que registo. Eu conservo todas estas coisas, meditando-as no meu
coração.
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