Maria nada me respondeu
quando, no início da vigília, Lhe pedi a Sua interpretação dos Sinais. Mas ela,
como sempre, acabou por me responder. À Sua maneira, subtil e leve, sempre em
interacção comigo, avivando e colorindo o que já fora visto, fazendo a minha Alma
avançar para a flor e para o fruto. Ela é a especialista em fazer florir,
abrindo-Se Ela própria juntamente connosco. Porque Ela é a Flor da Criação.
E a Sua resposta é como se Ela
a visse na minha própria Alma avançando, mercê do próprio dinamismo do diálogo,
em direcção à flor - a flor é a manifestação do Mistério escondido para lá daquilo que os
olhos físicos captam. Observem-se de novo os Sinais. O Sinal da Paz, o 7, está
acompanhado do 1, Sinal da Luz; o 6, Sinal do Diabo, sempre aponta as vias tenebrosas
da Mentira. Ora, sabendo nós que o Diabo é o “príncipe deste mundo”, que aqui
onde vivemos é um reino de Trevas, que outra coisa poderia a imagem numérica
revelar senão uma Paz explodindo no Bojo das Trevas? Uma explosão é, por outro
lado, conforme sabemos, sempre repentina e extremamente poderosa. Daí a
referência de Maria ao muito pouco tempo que mediou entre a morte de Jesus e a
Explosão da Fé, no Pentecostes, entre a acumulação máxima da Energia do Amor no
silencioso Bojo das Trevas e o avanço do Fogo no rastilho até atingir o lugar
da Explosão. Uma Explosão com estilhaços, é verdade, que dolorosamente “se
cravaram onde tinham que se cravar”, com poeira, que teve que assentar, mas que
deixou escancaradas as entranhas da Mentira e um Céu limpo, iluminando a Terra.
Ah, quando a Hora do Espírito chegar!
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