– Mestre, sê a minha única Força. Não deixes
o Demónio tomar conta da minha atenção, do mais pequenino dos meus desejos, do
canto mais escondido do meu coração. Não deixes o Demónio poder seja o que for
em mim. Faz-me puro de coração, para que eu Te veja e me deixe seduzir
inteiramente pelo Teu Rosto. Desamarra-me de tudo o que não és Tu, para que a
Tua Obra em mim resulte perfeita, segundo a exacta medida do Teu Sonho. Não me
queres agora indicar um Salmo com que Tu mesmo em mim glorifiques o Teu e meu
Pai do Céu?… Acaba com esta interferência suja de Satanás e deixa-me ouvir-Te
distintamente, mesmo ainda com este meu frágil ouvido. O que ouço, desde há
momentos, é “Salmo vinte”. És Tu?
– Sou sempre Eu que te conduzo à Escritura.
– Mas Satanás também….
– Também ele está ao Meu serviço. Ninguém
nem nada que conduza à Escritura pode estar contra Mim.
– Pareces exaltado, Jesus!
– Procurai o Discernimento! Não consintais
continuar amarrados pelas cadeias do rei da Confusão! Não vedes como tudo é tão
claro e sereno junto de Mim?
– Não vemos, meu Senhor, não vemos! É
espessa a névoa que nos encobre. Tem pena de nós e envia-nos o Teu Espírito
como Furacão que limpe a nossa terra da morrinha e do nevoeiro em que já
nascemos. Vem, meu Senhor Omnipotente, vem salvar-nos!
Satanás desespera perante a minha oração.
Parece ter ainda qualquer esperança de me fazer sofrer com o próprio Salmo que
vou realçar:
Sl
20 (19) |
Não pára hoje, Satanás. Agora quer
convencer-me de que eu outra coisa não fiz neste Escrito senão um estendal de
vaidade. Mas assim mesmo, estupidamente, ele está, ao chamar-me a atenção para
a vaidade, pondo-me de sobreaviso e libertando-me dela!
– Não
sei que mais possa fazer, Mestre. Escrevi, de cabeça dorida, tudo aquilo que
julguei ser Vontade Tua. Faz Tu agora o resto: salva-nos da Cidade de Satanás e
sê o nosso único Rei!
São 4:38.
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