- O mesmíssimo Sinal de ontem, Maria!
- E como interpretas esta repetição?
- Como um pedido para que continuemos a mensagem de
ontem.
- Que terminou dizendo…?
- Que a verdadeira Ressurreição de Jesus se deu quando
o carpinteiro de Nazaré Se revelou àqueles que com Ele conviveram de perto como
Deus.
- E isso aconteceu quando?
- A partir do Pentecostes.
- Se não tivesse havido Pentecostes, quem seria então
Jesus, para os Seus discípulos?
- Continuaria sendo já não um candidato a rei, mas um
verdadeiro rei, invencível, estabelecido pelo próprio Poder de Deus para
conduzir Israel à independência politica e ao seu lugar como modelo para todos
os outros povos.
- Isso leste-o na Escritura!?
- Está lá, sim, muito claro: quando iam já a caminho da
Ascensão, os Apóstolos tinham recuperado a fé no seu Mestre, perdida naquela
noite negra em que Ele fora preso e logo a seguir morto, quarenta dias antes…
- Escreveste fé com minúscula
- Escrevi. Os Apóstolos eram ainda “homens de pouca Fé”
que, mesmo vendo Jesus ressuscitado, se mantinham nas suas ânsias bem terrenas,
nas suas previsões limitadas à sua capacidade de cegos. Isto revelaram-no
claramente na pergunta que Lhe fizeram: É agora, Mestre, que vais restaurar o
reino de Israel?
- Ao verem Jesus ressuscitado, eles apenas recuperaram
o ânimo e a ilusão que mantiveram durante todo o tempo em que com Ele
conviveram!?
- Exatamente. Jesus era um simples homem, em quem Deus
fizera um milagre, tornando-o invencível, apto, agora sim, a assumir a
liderança segura de um povo desde há seculos humilhado por todas as nações à
volta. Agora sim! É agora! - pensaram eles, fechados ainda nos limites da sua visão terrena, os
mesmíssimos limites de todos os outros
povos.
- E fora para limites mais vastos que Deus os chamara!…
- Para limites sempre deslocáveis para mais além, para
lá de todas as previsões humanas!
- Os seus olhos estavam então ainda fechados, como
dantes!?
- Ainda! Mesmo depois de verem o Mestre ressuscitado!
- Sabemos então que só dez dias depois, cinquenta dias
depois da Tragédia do Calvário, os abriram!…
- Sim, só aí, no Pentecostes: foi necessário que o
Espírito actuasse directamente nos corações, com um Toque subtil, mas poderoso.
- A tal “língua de fogo”!?
- Sim, essa centelha imperceptível, que conduziu de
imediato à Grande Explosão.
- Que lhes pulverizou todos os limites!…
- Vês, Maria? Quanto tempo faltará ainda para isto
acontecer de novo?
- Falta vermos hoje de novo Deus incarnado, não?
- Sim, é necessário que Deus apareça de novo
carpinteiro, um homem comum igualzinho a todos nós, porque O desincarnámos e
fizemos d’Ele uma estátua muda, em cima de um pedestal muito alto, como O vemos
no meio do Teu Santuário de Fátima. Mas Ele já está aqui de novo, assim, como
homem vulgar, nos Profetas actuais, todos gente vulgar.
São 9:24!!
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