30/1/96 – 4:12
– Que me queres com este Sinal, Mestre?
– Quero-te pão para a Minha Igreja.
– Só Tu és o Pão vivo.
– Por isso mesmo: queres ser a vida do Meu Pão?
– Vê bem que vida Te posso dar! Está tão frio o meu coração, tão cheio de mesquinhas preocupações, tão incapaz sequer de redigir o Teu Desejo…
– Frio, mesquinho, incapaz são a vida que Eu procuro para o Meu Pão.
– Explica, Mestre: eu vou tentar registar o Teu Ensinamento.
– Quero que o Meu Pão tenha a carne e o sangue da Deficiência, para que O sintais vosso e não O rejeiteis. Vida em abundância é ficar toda a carne ensopada de vida.
– Toma então tudo de mim, meu Senhor. Tudo o que quiseres, tudo o que puderes aproveitar.
– Dá-Me a tua deficiência toda e Eu com ela acordarei os corações.
– Dou, Mestre, dou! Oh como eu desejo que os corações acordem e comecem a palpitar ao Teu ritmo!
– Dá-Me então a frieza que te estou dando: com ela Eu incendiarei o reino da Morte, para que ainda aí brilhe a Minha Luz.
– Dá-nos a Tua Luz, Mestre: Tu és a própria Luz. Oh, como vivemos sós por falta de Luz! Assim às apalpadelas na escuridão, como nos encontraremos?
– O Meu Pão é a Luz que vos une num só Povo.
– Toma então de mim todos os momentos em que Te não vejo, toda a bruteza com que enfrento os meus próximos sem Te ver.
– Nada escondais de Mim, por medo ou por vergonha. Nada deiteis fora. Dai-Me toda a vossa imperfeição e farei de vós perfeitos filhos do vosso Pai do Céu! Dai-Me até as vossas células em decomposição e com toda a vossa carne apodrecida Eu alimentarei a fornalha do Amor!
– Dá-me também a mim agora o Teu Pão, Aquele que nos serviste na rude palavra dos Teus Profetas, nas mesquinhas preocupações do Teu Povo, nessa tão minha deficiência de que está cheia a Bíblia.
– Amós cinco, nove.
– Sempre o nove, Mestre!
– Em honra do Nono Dia, Salomão. Ele vem aí.
– Sempre o mesmo cinco!
– Em honra das Minhas Chagas abertas em tantos inocentes, em tantos inimigos Meus que Eu amo tanto…
– Mas assim a Mensagem dos outros versículos…
– Nunca contradiz a do versículo nove: todo o Meu Livro fala do mesmo Amor.
– Assim seja então, Mestre:
Am 5, 9
“Ele derruba os lugares fortificados e atira a ruína sobre a fortaleza”.
Diz ao meu coração a Mensagem desta Tua Palavra.
– As vossas fortalezas Eu as derrubo; as vossas fraquezas Eu as exalto.
– Não estás falando do Fim dos Tempos?
– Estou falando de todo o tempo. Mas agora vereis a ruína que andastes edificando sobre a Minha Vinha.
– Sim, meu Senhor. Não deixes pedra sobre pedra. Afunda outra vez no ventre da terra tudo o que de lá arrancámos, à custa de tanta dor, para construirmos este Deserto em que agora morremos.
– Estás cansado, Meu filhinho?
– Estou.
– Ainda não viste as horas; vê-as agora.
– 6:16!
– Vês o que fizestes à Minha Luz?
– Sim. Aquele Sinal é bem a imagem das trevas que cobrem a terra.
– Vem aí já o Sol, Meu filho. Não vês já o horizonte clareando?
– Quando for a Hora, deixa-me ir Contigo ao alto da colina ver nascer o Sol!
São 6:22!
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