E que fiz eu? O Sinal 5:55 diz-me que Jesus esteve nesta minha luta de hora e meia que eu considerava estéril ou absurda. Foi, assim, hora e meia em que eu estive anunciando e dando testemunho da Luz! Que fique, então, claro: o tempo que mais agrada a Jesus não é o tempo do êxito, mas o tempo da incapacidade e do fracasso na luta para regressar ao Céu. Incapacidade e fracasso são o mar em que vivemos mergulhados, a noite em que permanentemente vivemos envolvidos. Foi a este mar e a esta noite que Jesus veio ter connosco: se fizermos tudo quanto pudermos para O encontrar e acompanhar neste fundo e neste escuro, é precisamente quando sentimos esta incapacidade e este fracasso que mais junto d’Ele nos encontramos. O mar é então o líquido amniótico em que crescemos, a noite é o útero em que protegidos nos formamos até à hora fatal de nascermos!
Não importa que não se vejam obras. Que obra nossa se vê antes de nascermos? Apenas cuidamos de nós, crescemos e somos um incómodo para a mãe. É verdade que a Fé sem obras é morta, mas sem o tempo antes de virmos ao mundo fazer obra e sem o tempo “inútil” da nossa infância é que não haveria obra nenhuma. O que Jesus nos está dizendo é que é preciso renascer. E nenhum nascimento é possível sem o tempo escondido do útero e sem o tempo das asneiras da infância. As obras virão, aos montes. Mas o tempo mais querido aos Olhos de Deus, do nosso Papá, é este, o tempo da nossa total incapacidade para fazermos obra consistente, mas em que crescemos silenciosamente a partir do Seu Coração.
São 7:04.
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