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Pode o Céu deixar-nos chegar ao limite das nossas forças, porque é preciso que o nosso coração alargue, se robusteça e assim esteja preparado para se entregar a horizontes sempre mais vastos. Mas nunca somos abandonados nesta situação extrema: quando isso parece, de facto, estar acontecendo, como no caso desta vigília, em que a situação extrema de ausência de Fé se prolonga finalmente na perspectiva de a Hora não vir a acontecer em nenhum dos prazos esperados, ainda aqui Deus está actuando e da forma mais intensa e terna, ampliando para dimensões desconhecidas a nossa Fé e atenuando o sofrimento que daí nos advém com gestos e palavras carinhosas.
Repare-se no gesto de Maria, ao fim da vigília: não há palavras, porque elas só viriam perturbar este mergulho interior no Desconhecido; há só um gesto mudo dizendo-me, naquela Voz que só o coração ouve até às suas íntimas fibras, que vou bem, que vou aguentar, que é muito bom o que se está operando em mim, que todo o Céu me está amando muito. E veja-se agora o que esta folha marcava, na Profecia da minha companheira Vassula: “Que o Meu jugo em ti seja suave e não seja para ti um fardo, e acabará por não ficar em ti qualquer sinal de fadiga” (28/11/96). O cansaço é, de facto, claramente a minha situação dominante dos últimos dias, a ponto de me parecer estar devorando todas as minhas energias. Sei, assim, que esta situação vai ser ultrapassada, sem deixar em mim o menor sinal de fadiga, porque situações destas nunca as tenho sentido como uma carga pura, como um fardo apenas, mas como passos necessários e prenunciadores de uma nova, particularmente vigorosa subida da onda da Vida. Por isso é aqui, neste passo que parece de morte, que não só é possível manter-se a nossa Alegria, mas que ela se torna perfeita!
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