6/10/97 – 1:18
Foi com este mesmo Sinal da Mulher-vestida-de-sol (18) que me deitei esta noite.
– Mãezinha, que me queres?
– Não és tu que desejas alguma coisa de Mim? Aqui estou.
– Eu sei que estás sempre junto de mim, mas isto de assim Te visualizares através do mesmíssimo Sinal ao deitar-me e agora ao acordar, que é vulgarmente visto como uma coincidência apenas, para mim não é, Tu sabes…
– Então o que é, para ti?
– É um carinho Teu.
– E que te diz o Meu carinho?
– Que não estou só; que tenho a minha Mãe comigo.
– E precisas da Minha presença agora de maneira especial?
– Sentiste, Mãe, como eu, esta voz dentro de mim, a dizer que não, que não preciso de Ti para nada, que tenho Jesus e isso me basta?
– Sim, Eu vivo contigo cada momento do teu Deserto.
– E porque deixas o Demónio fazer-me isto?
– Era do Demónio aquela voz?
– Uma voz que Te afasta de Jesus e de mim, de quem mais poderia ser?
– Mas a voz dizia que te concentrasses em Jesus, que Ele está moribundo, caído no Deserto… Uma voz destas pode ser de Satanás?
– Pode. Já Tu e o Teu Jesus me ensinastes a conhecê-lo melhor: é sempre servindo-se de um pretexto bom e justo que ele lança a sua rede; se nos conseguir aprisionar, torna-se-lhe então mais fácil extinguir em nós a própria bondade e justiça que lhe serviram de pretexto.
– Sê agora concreto: se ouvisses essa voz, o que aconteceria?
– Isolava-me de Ti e com isso me afastaria também de Jesus.
– Como? O pretexto não era concentrar-te exclusivamente na situação dramática do teu Mestre?
– Na Ordem do Céu, nada é exclusivamente: toda a acção nasce da Harmonia e se insere numa Unidade indestrutível.
– A Minha presença não te desvia da lastimosa situação de Jesus?
– Vê, Mãezinha, o que o Inimigo me está sugerindo agora de novo: que esta conversa não é própria de quem está junto de um moribundo. E apresenta-me este facto como prova de que ele tinha razão: Tu afastaste-me do problema do meu Mestre… E continua sugerindo-me outras coisas… Ele não pára, Mãe! Porque lhe permites isto?
– Olha: como te apareci Eu, nos Sinais?
– Como Mulher-vestida-de-sol.
– E por isso julgaste que deverias falar Comigo como tua Rainha, não foi?
– Foi, mas algo muito forte mo impedia e me levava a falar Contigo como Mãe.
– E quando Me sentes como Mãe deixas de Me sentir como Rainha?
– Não: o Teu Colo torna-se um refúgio seguro, inexpugnável.
– Como? Não acabas de dizer que o Demónio parece estar fazendo contigo tudo quanto lhe apetece?
– Ah, mas como gostaria que todos vissem a imagem que vejo: Tu só lhe permites isto para me habituares a conhecê-lo bem; mas basta voltares para o Demónio o Azul fundo dos Teus olhos e, mesmo que o Inferno todo me rodeasse, nesse mesmo instante seria, à minha volta e dentro de mim, a gostosa Paz da minha empolgante, invencível Rainha! Vês? Já me puseste a chorar.
– E que fizeram essas lágrimas? Vê com atenção.
– Regaram todo o terreno à minha volta… E, onde era terra pisada de lá ter estado o exército de Satanás, levanta-se agora o cheiro característico de terra viva…
– Estás cansado, não estás, filhinho?
– Não. Deitei-me cedo, tenho ainda muito tempo para dormir. Vamos continuar, Mãe.
– Que Me queres dizer, então?
– Aquela de esta conversa não condizer com a situação do nosso Jesus até parece verdade!…
– Mas não é, filhinho. Repara bem: não O vês mais animado? Não Lhe vês aquele leve sorriso nos lábios? Não O abandonaste tu próprio ontem, por momentos, para ires acima da colina proclamar a Ressurreição de todas as areias do Deserto?
– Pois foi!…
– E sabes para que quis falar contigo especialmente hoje? Parar te dizer que fiquei tão feliz!…
– Por causa daquele sermão às areias?
– Ah, se soubesses como ardo na expectativa de vos ver todos aqui Comigo, ressuscitados, Meus filhinhos!…
– Mas Jesus…
– Vamos continuar a ampará-Lo, com jeitinho… O Dia está tão perto!…
São 3:16/7!
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