5/1/07 - 5:53
- Maria, vês? Sou agora de novo invadido por uma vaga de dúvidas…
- É Sinal de que a tua Fé está viva.
- Mas desta vez elas atingem tudo aquilo que faço.
- É Sinal de que a tua Fé está particularmente viva.
- Mas elas chegam a insinuar que vou morrer sem que todo este imenso volume de páginas ultrapasse as três ou quatro pessoas que as lêem e que mesmo essas vão perder todo o interesse por elas.
- É Sinal de que deste a tua vida até ao fim.
- A minha morte vai ser essa - a do descrédito absoluto?
- Quem sabe? Seria uma morte bem violenta, não?
- Sim, e bem dolorosa para aqueles que sabem da importância que dou a esta escrita, de como nela coloquei toda a minha vida.
- Já nem numa ressurreição acreditas?
- Nestes m momentos a dúvida atinge tudo aquilo em que acredito.
- Ias escrever acreditei.
- Sim. Mudei para o presente já durante a escrita da própria palavra.
- Porquê?
- Não sei. A dúvida ainda me rói. Mas ao mesmo tempo levanta-se de novo dentro de mim a Fé, dizendo que isso não vai acontecer: mesmo para o não crente estão aqui guardados preciosíssimos tesouros; mais cedo ou mais tarde esta Arca seria aberta, para espanto do mundo.
- O mundo! Não fazes a coisa por menos!… Sempre a mesma ambição sem medida!…
- E eu que posso fazer? As palavras aqui escritas, desde o princípio se dirigem a toda a gente, sem excepção. Eu quero felizes todas as pessoas.
- Todos querem, afinal…
- Mas todos acham que isso é uma utopia irrealizável.
- Tu vês todo o ser humano que habita a terra mudar de um momento para o outro?
- Não: este foi o lugar do nosso Pecado - este há-de ser o lugar da nossa Purificação, com toda a dor que ela possa causar. Mas a Mudança será vertiginosa e este Purgatório será aceite com Alegria e inundado de uma profunda e sólida Paz.
- E então? Já se foram as dúvidas?
- Por agora, sim. Mas esta vaga está sendo insistente como nunca. Pareço estar definhando em tudo…
São 7:10!?
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