6/1/07 - 2:37
- Ah, Maria, se conseguíssemos convencer a Igreja que temos a deixar-se morrer!…
- Porquê esse tema hoje?
- Não sei: estava-me ele agora no coração sem que o tivesse procurado.
- Mais um acaso, portanto, a que te entregaste!?
- Sim. Mas este é diferente do de ontem, o dos papelinhos com as siglas dos livros, em que eu procuro deliberadamente o acaso: sou eu que tiro o papelinho “à sorte”; aqui é a “sorte” que vem ter comigo sem eu a procurar.
- E qual é a diferença?
- No caso dos papelinhos eu tenho a iniciativa; neste caso a iniciativa não é claramente minha.
- Diríamos então que neste caso é o Espírito que te faz uma surpresa; no outro és tu que pedes ao Espírito que te surpreenda, escolhendo o livro que te deve acompanhar!?
- Assim entendi sempre. Mas ontem, como referi, também de surpresa me caiu no espírito a dúvida se não estarei a ser comodista ao querer que o Espírito me substitua. Eu estaria então a instrumentalizá-Lo ao meu serviço.
- E qual seria a alternativa?
- Tirar eu um livro da estante, também ao calha.
- E, neste caso, achas que tiravas três vezes seguidas o mesmo livro?
- Não. Com toda a certeza que não: quando vou tirar um novo papelinho faço sempre o possível para que me não saia o mesmo, revolvendo-os todos várias vezes.
- Apesar do que dissemos já ontem, vejo que continuas com a dúvida. Diz-Me então: que função está desempenhando a dúvida em ti?
- Ela mantém sensível o meu coração. É uma espécie de mensageira lembrando-me do cuidado que devo ter em não magoar o Espírito.
- E então? Continuas ainda com a dúvida?
- Acho que sim: vagamente tenho receio de estar a ser levado pela simples curiosidade de ver o que me vai sair no papelinho, ou de estar a exigir demais do Espírito, sei lá…
- Sempre às apalpadelas no escuro, não? Uma coisa parece certa: o caminho que segues não revela comodismo e continuas de ouvido atento…
- Mas fugimos do tema!
- Nós nunca fugimos do tema quando amamos de verdade. Queres ver? O tema não era conseguir que esta Igreja se deixasse morrer? Vê então se não foi disso que estivemos falando.
- É verdade! Nós estivemos falando precisamente em deixarmo-nos morrer para a nossa iniciativa, entregando-nos radicalmente à iniciativa e à condução do Espírito!
São 6:45!
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