15/4/08 — 7:43
— Proclama que Deus é a Paz! — é assim, Maria, que, inseguro ainda, estou lendo nos Sinais.
— Porque falaste na tua insegurança?
— Porque acho importante revelar que nunca é completa a minha segurança.
— Primeiro diz às pessoas então porque é que avanças sempre inseguro.
— Porque o meu caminho é sempre em território desconhecido.
— E diz agora às pessoas porque é que achas que elas se deixarão fascinar por este caminho inseguro.
— Porque só o inseguro fascina; o seguro imobiliza a vida, esteriliza.
— Julgo que falta agora esclareceres às pessoas porque as baralhas assim, já que lhes dizes muitas vezes que só o caminho que segues é seguro e apresentas como um dos grandes Atributos de Deus a Segurança.
— É que eu só estou verdadeiramente seguro quando me sinto viver. Convido toda a gente a olhar comigo. O mar: que segurança tem o mar? Está ele porventura quieto? O vento: que segurança mostra o vento? Sabe alguém porventura de onde vem, para onde vai, como surge, com que força vai soprar?
— Também foste logo escolher em toda a Natureza os dois elementos mais instáveis. Ou não?
— Escolhi justamente aqueles sem os quais seria instantânea a nossa morte. Basta imaginar que toda a atmosfera de repente desaparecia e que a Natureza ficava de repente sem uma pinga de água.
— Queres tu dizer que justamente os elementos que são o mais imprescindível e portanto o mais firme sustentáculo da nossa vida são os mais instáveis!?
— Quero dizer apenas que a Vida é instável.
— Os rochedos, pelo menos…
— Parecem parados, eu sei. Mas Satanás já se encarregou de nos mostrar, pela sua ciência, que por dentro dos rochedos tudo mexe.
— Tu dizes no entanto, com muita frequência, que a segurança é fundamental para uma vida intensa, tranquila e feliz!
— Falo assim porque levo uma vida intensa, tranquila e feliz.
— Portanto vives em plena segurança!?
— Era aqui que eu queria chegar. Vim sempre de coração aos pulos. Mas é este pular contínuo do meu coração entre surpresas e sustos que me diz que estou vivo.
— Sim, mas inseguro sempre!?
— Sentir-se vivo é a única segurança verdadeira que podemos ter; se tentarmos eliminar tudo quanto não controlamos porque mexe, veremos a nossa segurança tornar-se uma verdadeira doença.
— Doença? A segurança pode ser uma doença?
— Das mais graves. Seca tudo. Produz uma terrível sensação de asfixia. Como se nos faltasse a água e nos faltasse o ar…
São 9:51!
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