— 15:38 — MV
Uma dúzia de coisas deveria ser registada. Várias vezes empreguei o termo “catadupa” ou “avalanche” para designar situações iguais a esta. O Dom do Senhor, quando irrompe, é torrencial. Diríamos que afoga ou que esmaga. Sentimo-Lo então Deus. E agora me lembro: hoje de madrugada eu referi esta mesma sensação no contexto da nossa indigência e incapacidade; agora estou vendo-a no contexto da Abundância. Em ambos os casos está implícita a sensação de gratuidade: o Dom de Deus aparece-nos gratuito porque nada temos para dar em troca ou porque é excessivo relativamente a qualquer limite até onde poderia ir o nosso desejo e a nossa ambição.
Mas a característica comum a todas as coisas que eu gostaria de registar é agora a potencialidade e a expectativa. É como se me tivessem sido mostradas desta vez só em semente e tivessem sido logo enterradas para começarem já a germinar. É o caso dos três quatros desta madrugada: eu paro, tenso, à espera da ordem concreta para anunciar, para passar à execução; é o caso do 8 que me aparece no início deste texto: o Mistério da Mãe de Deus está germinando em mim; é o caso — a propósito do 8 — de um telefonema recebido de Sabrosa para ir lá falar sobre “O Oitavo Dia” num encontro de professores e logo a seguir, consultado o relógio, me ter aparecido 18:11: que Luz (três uns!) posso eu transmitir, com base naquele trabalho, em encontros deste género?; é o caso — e este realça-se sobre todos os outros — do texto bíblico desta madrugada que eu estou relacionando com o de ontem (Ez 3, 1ss): comer o rolo da Palavra e beber o Sangue em que se funda a Nova Aliança… isto não é uma espectacular Semente cheia de insuspeitadas riquezas?
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