19/4/95 — 5:39 MB
Há, nos últimos tempos, uma estranha insistência no 9. Este algarismo é, para mim, o Sinal do Deus Absoluto, do Altíssimo, do Santo dos Santos. Vejo nele a absoluta Transcendência de Deus, a Quem toda a Glória e todo o Louvor se deve, perante o Qual, como dizia S. Francisco, todos nós somos indignos sequer de O invocar. Mas porque me aparece ele agora tão insistentemente, nas citações, nas horas que registo? Quer o Mestre que não me esqueça, a par da Humanidade de Deus, também da Sua Grandeza, da Sua Omnipotência, da Sua Santidade? Quer fazer-me do 9 sinal ainda de outra coisa qualquer ? Quer ensinar-me apenas o temor de Deus, princípio da Sabedoria? Quer dizer-me que não posso apoucar Deus, atribuindo-Lhe quaisquer palavras ou imaginações que me venham à cabeça? Esta última hipótese claro que me aflige muito. Mas ela parece ganhar relevo perante a citação que “ouvi”:
Par 5, 19
Ora repare-se: neste preciso momento, e só agora, reparo que há dois Livros dos Paralipómenos e o versículo 19 do primeiro destes Livros, que foi onde abri, diz isto: “Fizeram guerra aos agareus, em Jetur, em Nafis e em Nodab”. Apenas isto . O contexto geral é o cômputo dos descendentes das várias tribos de Israel e os seus sucessos guerreiros que lhes permitiram fixar-se na Terra Prometida. Neste caso trata-se da tribo de Gad e dela se diz: “Durante o combate eles invocaram a Deus, que os ouviu, porque puseram n’Ele a sua confiança”(v. 20). E no v. 22: “Muitos caíram mortos, porque o Senhor tomara esta guerra por sua conta”.
Aqui estou, pois, perpassado de uma grande mágoa: aquela citação está imprecisa e não contém, como a entendi, nenhuma mensagem! Já ontem, contudo, no meio da diversidade de citações, em confusão, eu me apercebia, de forma estranha porque insistente, de “Paralipómenos! Paralipómenos!”. Mas usei o dedo, porque era mesmo grande a confusão. Por isso estou atribuindo o caso de hoje a precipitação e a leviandade. Mas uma voz, em forma de sensação forte em mim, me está dizendo, sobrepondo-se a todas as outras vozes, que tudo isto aconteceu por permissão do Mestre para me formar na audição e na Fé. Sinto Jesus pondo-me a Mão sobre o ombro a dizer-me que não tenha medo, que se trata só de um processo de crescimento, que me não leva a mal, nunca me leva nada a mal desde que eu O continue procurando de coração sincero, que nunca Se zanga comigo, que nunca tenha medo d’Ele.
A verdade é que a presente provação está sendo muito dura. Sinto-me manietado, inoperante, pareço-me um lacaio sentado à porta do patrão, espapaçado ao sol, cansado de esperar ordens que nunca mais vêem. Neste momento a sensação é de cansaço. São já 7:23 e aqui estou, três dias depois da Páscoa, sem nada ter sentido que se pareça com uma ressurreição. Ainda por cima, pela primeira vez, “ouvi” mal, ouvi levianamente e precipitei-me, o que me leva à pergunta se não terá isto já acontecido outras vezes! Que sensação!
— Acode aqui, Jesus!
— Eu amo-te muito.
São 7:33.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário