22/4/95 — 7:00 — MB
Sinto-me mesmo nas Mãos de Deus! E é muito bom saber-se a gente assim protegida e moldada nestas Mãos tão robustas, tão delicadas! Hoje deixou-me o Senhor dormir a noite inteirinha, oito horas seguidas! É do vinho! — anda-me aqui ao ouvido buzinando o Tentador. Bebi, de facto, meio copo de vinho ao jantar e meio cálice de vinho do Porto depois.
E eu respondo assim ao Tentador e a todos os seus lacaios: Não é muito provável que o vinho tenha alguma coisa a ver com isto; mas se tivesse, se fosse mesmo do vinho, eu continuaria afirmando que Deus é muito bom para comigo que à refeição simpaticamente me ofereceu vinho e dele se serviu para me oferecer amorosamente uma longa noite de descanso! Já aqui referi uma vez o que o Senhor me ensinou: Ele só se serve de processos e meios excepcionais em momentos e situações excepcionais; mas estar connosco Ele está sempre, em cada segundo da nossa vida; se Lhe dermos atenção, se Lhe permitirmos que nos refaça inteiramente à Sua Imagem, Ele põe-se a trabalhar-nos com espantosa Sabedoria e Carinho, às vezes com violentos safanões, porque é preciso, mas outras vezes com tão subtis toques da Sua Mão, que parece estar a recompor uma, uma só célula ou, dentro desta, um só dos genes que o Pecado afectara! Não damos então conta de nada assim como, no caso do violento safanão, temos dificuldade em identificar a Sua Mão de Artista. Mas é, é sempre Ele que está trabalhando, se O deixarmos trabalhar, Ele não se importa, o maior Gosto d’Ele é poder andar assim absorvido neste trabalho de nos restaurar — trabalho complicadíssimo, muito mais minucioso e moroso do que o trabalho inicial de Criação! Quanto mais não preferiria um pintor criar uma nova imagem, do que restaurar uma imagem velha, danificada pelo tempo! Mas Ele, o Artista do Amor, não Se importa, pelo contrário, anda todo feliz ao nosso lado, à volta de nós, dentro de nós mexendo sempre. Serve-se então de todos os meios, de normalíssimos meios ou de sofisticados instrumentos, de meios naturais ou dos próprios meios que o homem desnaturalizou.
Pode servir-Se, por exemplo, de meio copo de vinho que pediu ao cérebro Lhe fosse buscar; o cérebro accionou o braço, a mão, os dedos, e prontamente Lhe veio parar às Mãos este estranho instrumento de curar!
Pode, por exemplo, servir-Se dos naturais meios de captação da Sua Voz mesmo assim degradados conforme nós os temos, enquanto os não restaura por completo — e isto de Ele ter começado a restaurar por outro lado e não por aqui obedece a um plano e podemos ter a certeza de que é o mais perfeito plano de restauro para este caso; noutros casos começará exactamente pelo ouvido… enfim, para cada Imagem Ele traça um plano diferente!
Grandioso Deus! Querido Senhor! Ao olhar os algarismos da hora a que me levantei (7:00) uma preocupação pousou dentro de mim: o 7 é o Sétimo Dia, o Dia da Plenitude, o Dia em que toda a Criação, ainda sem mancha, deu Glória ao Criador; o 7 fala-me em dar Glória a Deus, eu leio muitas vezes na Bíblia que se deve dar Glória a Deus, mas eu acho este termo estereotipado, sem vida, sem fogo, não o entendo bem, enfim, eu não sei “dar Glória a Deus”. Ainda por cima aqueles zeros falam-me do Espírito de uma forma muito clara e tudo isto me pôs tenso: que me quer Jesus com estes algarismos, com este Sinal?
Pois sei agora – só agora! – a resposta: o que eu estive a fazer foi exactamente dar Glória a Deus!!! E mais: tal como antes da queda, foi o Espírito que, livre, esteve falando em mim!!! “Dar Glória a Deus” é, então, sob a acção do Espírito, pasmar perante as Suas Maravilhas!
São 8:23.
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