7/4/08 — 6:43
— Maria, mais uma vez não sei o que sinto…
— Sabes pelo menos se é bom, se é agradável, ou se preferias não sentir assim…
— Há, a esse respeito, uma coisa de que não tenho dúvidas: o que eu quero mesmo é sentir aquilo que em cada momento a construção do Homem Novo em mim precise que eu sinta.
— Seja agradável ou desagradável?
— Sim. Seja bom, ou seja mau.
— Imagina então que esse novo Homem precisa que tu vejas justamente isso: que não consegues determinar o que sentes. És capaz de ver algum sentido nessa necessidade do novo Homem em formação
— Julgo que sim… Este Homem não vem do Nada, como veio o primeiro, que não podia ter a consciência do que estava acontecendo nele. Este vem de uma Semente que traz inscrita em si a memória de tudo quanto ao primeiro Homem aconteceu.
— Sim. Que sentido fazem então agora as sensações desagradáveis?
— Elas despertam no novo Homem a consciência da trágica História do primeiro Homem que, morrendo, se condensou todo na Semente agora purificada.
— Essa consciência do desagradável, do mal, da dor, não é uma mancha na perfeição, na inocência da Semente?
— Vejo que não: imperfeito estaria nascendo o novo Homem se não trouxesse em si a consciência da sua Origem e de toda a sua História.
— Conhecer o passado é então necessário para se conhecer o presente!?
— O novo Homem é Filho de Deus: na Semente de que está nascendo vem condensado o Atributo divino da intemporalidade, da eternidade. Ele deverá conhecer tudo, mesmo que o desvende progressivamente, como acontece com todos os Mistérios.
— Aos Filhos de Deus está então destinado um doloroso nascimento!?
— Sim, enquanto na sua História como criaturas houver uma qualquer mancha de sofrimento para conhecer. Assim aconteceu com o próprio Verbo, o Filho Unigénito de Deus: Ele teve que tomar consciência da Iniquidade de todos os tempos, transportando-a no Seu corpo até à morte!
— É por isso que Ele nos pede que incarnemos!?
— Sim, é por isso que Ele é para todos nós O Caminho.
São 8:37!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário