A partir daqui as mensagens são retiradas do segundo volume destes “Diálogos”.
À euforia inicial, própria de uma inesperada paixão, segue-se agora uma abrupta
entrada no Deserto, em que a Fé é posta à prova, no meio de interrogações,
dúvidas, perplexidades, mas também descobertas fascinantes.
Ouça-se, como exemplo, esta oração, depois de ter sido posta em causa,
por outros e por mim próprio, a autenticidade desta escrita como uma verdadeira
Profecia.
20/1/95
– 15:12
– Não, Jesus.
Não é possível que estes escritos sejam do Demónio ou só meus, fruto da minha
ambição. Porque eu gosto muito de Ti e por Ti tenho sofrido muito. E porque Tu
prometeste a Tua Presença em nós, pelo Teu Espírito, através dos séculos. Sei
que há vaidade em mim, uma vaidade desmedida, e que o Demónio me não larga. Mas
Tu nunca permitirias que uma frase fosse Tua e outra fosse do Demónio. É
absurdo permitires que eu servisse no mesmo prato a Tua Verdade e a Mentira do
Demónio, o Teu Amor e a Maldade de Satanás. Mas eu creio em Ti e de modo nenhum
quero servir Satanás. Portanto, isto que escrevo, é tudo Teu. Porque, se houver
aqui alguma coisa que não seja Tua, é
tudo de Satanás! Não me refiro às deficiências próprias da minha
natureza humana em que Tu incarnaste e que Tu assumiste: eu sei que elas estão
aqui, nestes escritos, mas são, aqui, só deficiências de roupagem, que é esta
carne em que vivemos encerrados; não atingem o Teu Coração, que aqui dentro
palpita, muito forte, mesmo naqueles momentos em que O não sinto palpitar forte
porque a Tua Pedagogia assim permite. As minhas deficiências já as assumiste e
estás tratando delas. Pertenço-Te inteiro, com deficiências e tudo. Estes
escritos são o retrato de mim, imagem Tua em re-construção, discípulo Teu em
aprendizagem, Irmão Teu por incompreensível Amor do Pai. Por isso acredito em todas as Tuas Promessas. Na de hoje de
madrugada e nas outras registadas nestes escritos e nas do Teu Evangelho e da
Escritura toda sem tirar um só jota. E mesmo que à hora da minha morte eu não
tivesse visto, com os olhos da cara, nenhuma das Tuas Promessas cumpridas, eu
morreria acreditando sem vacilar em que elas se cumpriram e se vão cumprir.
Todinhas. Por inteiro. Sem lhes faltar um só jota, um só milímetro!
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