Está sendo moda substituir, nas igrejas, a
cruz por um Jesus ressuscitado. Mas estes Diálogos, não vão em modas. Há um
Caminho e há Princípios de que Deus não Se desvia um milímetro, até que a nossa
Libertação seja plena e definitiva.
“A minha vida
ninguém ma tira; sou Eu que a dou” – dissera o Mestre. E como Lhe custou dá-la!
É estúpido para o mundo procurar o sofrimento. Mas Jesus procurou-o! Toda a sua
vida se dirigiu para a Cruz: ela era fundamental no Plano do Pai. Como se,
dentre todas as hipóteses que a Omnisciência de Deus pudesse levantar, esta
fosse a única capaz de curar os homens! De tal maneira que, se por absurdo ou
por puro sarcasmo alguém perguntasse a Jesus naquela tarde, no auge da Sua dor:
Estás sofrendo?, Ele responderia, devolvendo o absurdo e o sarcasmo: Não; estou
curando a Humanidade! É por isso que S. Francisco proclamava que a perfeita
alegria está em sofrer. Dir-me-ão todos que o sofrimento não é um fim; é só um
meio. E eu apetece-me dizer que é, é um fim. E este fim parece que Jesus o
perseguiu obsessivamente. Como se tivesse vindo à terra só para isso: para
morrer na Cruz! Como se nada mais Lhe interessasse: tudo o resto são só
naturais consequências desse Objectivo final e único para onde se dirige toda a
vida de Jesus! A Ressurreição, para Deus, é coisa fácil: à Sua Voz, ao Seu
Sopro, tudo renasce. O Sofrimento, não: o Sofrimento é-Lhe anti-natural; é
preciso ser planeado e perseguido como Objectivo. Deus teve que violentar-Se
desde a Incarnação. Toda a vida de Jesus foi uma violência progressiva
encaminhando-se para a Cruz. Tudo, então, ficou “consumado”! Daí em diante é outra vez Deus, natural, vivendo o Seu
Dia-a-Dia de Criador e Vivificador eterno!
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