Está escrito que o Regresso de Jesus será
precedido de uma vasta Apostasia, isto é, de um generalizado abandono de Deus,
ao mesmo tempo que a obra do homem é exaltada, no meio de uma desenfreada
euforia. Será que não estaremos vivendo justamente esses tempos?
Confeitaria
“Márcio”, 25/2/95
(Sei que devo, que é bom escrever este
diálogo, por variadíssimos motivos, mas precisamente por isso não sei o que
escrever. Há várias coisas em mim dignas de registo e por isso fica a caneta e
a mão e a cabeça, tudo suspenso neste tumulto).
–vEscreve Tu, Jesus!
– Sou sempre Eu que escrevo.
– Vai ser difícil as pessoas entenderem isso
que dizes.
– Eu virei e serei a sua Luz.
– Estás próximo, não estás?
– Eu estou sempre. Sempre estive. E sempre
estarei, até ao Fim dos Tempos. E depois só existirei Eu, por toda a
Eternidade!
– Serás “Tudo em todos”!?
– Sim. É a isso que venho. A dizer que Sou
Tudo. Porque o esquecestes. A vossa geração é filha daqueles que pensaram e
proclamaram ter Eu dito: “Criei-vos. O Meu trabalho acabou. Agora
desenrascai-vos sozinhos”! Proclamaram e assim passaram a ensinar: o homem é o
centro! Assim se foram desligando, um após o outro, da Fonte da Vida. Resfriado
o coração, agarraram-se à razão. Fizeram deduções sobre deduções, a partir de
si próprios. Construíram sistemas a partir de sistemas. Construíram a partir de
si próprios todo um mundo que fizeram avançar sobre a Criação, destruindo-a na
exacta progressão deste avanço. Estenderam-Lhe por cima cidades e
manipularam-Lhe os campos! Não há sítio nenhum da Terra que o homem não tenha
já enquadrado neste outro mundo só seu, sem Mim. Acabada esta tarefa de
prospecção na Terra, avança já para o Céu. Admite e proclama que há-de
descobrir e dominar todos os segredos do Universo. E quando o tiver feito
poderá – pensa assim o homem – apoderar-se do próprio Segredo da Origem e então
reestruturar tudo segundo a sua vontade. Em verdade vos digo: nesse dia,
atónito, desesperado, rendido, rezará assim de novo, como antes do Pecado:
“Pai, Paizinho, seja feita a Tua Vontade”!
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