Jesus
levou muito tempo a convencer-me de que escrevo uma autêntica Profecia. Vede-o
na mensagem que se segue: passado um ano, ainda as dúvidas me assediavam,
sopradas pelo pai da Mentira…
1/8/95 – 5:18
Aquilo que venho dizendo destes Escritos é
uma sacrílega presunção – assim ouço, aqui dentro, e não sei donde vem esta
voz. Por várias vezes já eu afirmei que eles são autênticos e com isto quero dizer que eles são assistidos pelo
Espírito Santo e que por esse motivo não contêm erros. Isto é: quem os ler,
será conduzido para Deus e nunca para o Demónio. Então a mesma voz, que não consigo identificar ainda, insiste:
Mas nessas circunstâncias estão todos os livros de todos os santos, desde há
dois mil anos! As “Confissões” de Santo Agostinho, por exemplo, a “História de
uma Alma”, de Santa Teresinha, os Escritos de São Francisco de Assis. Pretender
que estes Escritos sejam mais do que um vulgar diário onde simplesmente se dá
conta de um processo de aproximação a Deus, como tantos outros, é uma descarada
presunção: a tua vaidade levou-te longe demais! Além disso, que interesse têm
para as pessoas todos os pormenores pessoalíssimos que aqui contas, que
interesse poderá ter, senão para ti próprio, por exemplo, o que estás neste
momento escrevendo sobre estes Escritos? Que poderá isto aproveitar a quem quer
que seja que por hipótese aqui viesse procurar alimento ou remédio para a sua
alma? Além do mais, se estes Escritos tivessem algum valor para além de um
vulgar, embora até piedoso diário, se tu fosses mais do que um simples homem
que procura Deus, talvez até sinceramente como tantos outros, serias tu o
primeiro a nem sequer pôr a hipótese de atribuir a isto qualquer valor especial:
o valor de qualquer texto só a Igreja o pode reconhecer; estas frequentes
auto-justificações são a prova mais clara da inautenticidade destes escritos!
Com minúscula.
Que faço? Parece ter uma cerrada lógica,
esta voz. Mas duma coisa eu tenho a certeza: se não for Voz de Deus, é voz do
Demónio. Não há mais ninguém que fale aqui. De quem mais poderia ser? Pura voz
da lógica e do senso comum? Sim, mas que voz é esta? Existe esta voz? É ela uma
entidade autónoma, além de Deus e do Demónio? A admitir esta, teria que admitir
também outras, a “voz do coração”, por exemplo.
– Ah, Jesus, Jesus, em que trevas nos
movemos! Diz-me quem sou eu, deixa-me ver a minha alma com os Teus Olhos. Será
possível que aquela voz seja a Tua Voz?
Ah,
este Agosto que assim começa! Bem, o ano passado também assim começou: com uma
enorme amargura, ao chegar a Faro, por me sentir rejeitado e expulso da casa da
minha amiga… Estou calmo, agora. Os algarismos confirmam um violento ataque de
Satanás. Mas confirmam também a Presença de Jesus e Sua Mãe, a Senhora que há
dias soube ter tomado a Seu especial cuidado estes Escritos.
– Descanso ainda um pouco, Mãezinha? O que é
que é mais perfeito para o Teu Jesus e meu Mestre?
– O nosso Jesus ama-te muito. Ele não é um
carrasco que goste de ver sofrer.
– Mãe! Que termo Tu usaste! Carrasco!
– Os termos que escreves são todos teus. Mas
há muita gente que, pelo seu comportamento, assim O considera. O que mais custa
ao Meu Filho é ver sofrer. Por isso nunca penses que Ele quer o teu sofrimento.
– Não quer? Então a Cruz…
– Não, não quer: quer que tu ames. Prega
isto, Salomão: que nunca ninguém pense que o Meu Filho quer o sofrimento! A
Cruz significou o maior e mais puro Amor. Amas o Meu Filho?
– Acho que sim. Acho que O amo muito, muito.
Sofro por vezes cada abalo, como este agora… A minha Fé vacila ainda muito,
Mãe. Mas acho. Acho que gosto muito, muito d’Ele.
– Que te pede o amor que Lhe tens?
– Que não me deite, que continue vigiando ao
Seu lado.
– E custa-te muito?
– Custa. Era mais agradável meter-me na cama
e dormir.
– Faz isso.
– Não faço, não.
– Porquê?
– Não sei. Creio que é por amor. Mas estou a
escrever isto com o coração tão frio… Isto é amor, Mãe?
– Que outra coisa poderia ser?
– É verdade: não vejo que outra coisa possa
ser.
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