O Regresso de Jesus, que todos os Profetas
continuam a anunciar para muito breve, vai revelar-nos, entre inúmeras surpresas,
que temos vivido todos como órfãos de Mãe, mesmo porventura os muitos que já se
Lhe dirigem, em orações e cânticos, como Mãe. Também eu já assim Lhe chamava
antes da minha conversão. Mas senti-La Mãe é muito diferente.
29/6/95 – 5:19
– Mãezinha, não Te importas que continuemos
a conversa de ontem? Gostei tanto…
– Meu pequenino, como te amo! Vamos
conversar, sim.
– Tenho vários problemas na cabeça. Nem sei
por onde comece.
– Essa vossa cabeça…
– Se ela estivesse junto do coração, na
raiz, desapareciam os problemas?
– Quando cabeça e coração estiverem unidos
num só ser, desaparecem os problemas.
– Mas isso só no Céu, não é, Mãe?
– Sim, só aqui no Céu.
– Aí?
– Sim, aqui. É esse um dos tais problemas da
tua cabeça?
– Até nem era, mas passou a ser: ao falares
assim não te colocas longe de nós?
– Ao ter sido elevada ao Céu foram-Me
abertos todos os corações de todos os homens.
– Estar no Céu é estar mais perto dos
homens?
– É participar no Amor.
– Só no Céu se ama verdadeiramente?
– Só no Céu. Não tenteis reduzir o Céu.
– O Céu costuma ser para nós muito longe.
– O Céu é a vossa Casa, de que fugistes. Por
isso o sentis longe. Ir para o Céu é só-só regressar a Casa.
– Podemos regressar agora já antes de
morrer?
– Podeis, sim! O Céu está sempre à vossa
porta, à espera que o deixeis entrar.
– Então morrer o que é?
– É escolher definitivamente.
– Minha querida, querida Mãe teóloga! Olha:
o texto de ontem ainda…
– Mais problemas na cabeça?
– Acho que este é no coração.
– O coração não tem problemas, a não ser os
da cabeça.
– Posso dar-Te um beijinho? Estou a gostar
tanto de conversar Contigo… Saíste-me uma filósofa, Mãe! Não Te imaginava
assim. Imaginava-Te uma simplezita, porventura até simplória dona de casa de
Nazaré que só sabia das vulgares tarefas domésticas… Muito querida, mas…
– Sem cabeça!?
– Isso. Se calhar era. Desculpa.
– Regressar a nossa Casa restitui-nos a
cabeça que perdemos. Julgais vós, os sábios, que tendes mais cabeça do que a
“simplória dona de casa de Nazaré”?
– Pois… Se calhar é isso. Estamos todos
torcidos, não estamos, Mãe?
– Sim. Mas tu não tinhas um problema na
cabeça?
– Eu julguei que era no coração: porque me
trouxeste mais dois versículos do que Jesus me deu da outra vez?
– Deus nunca Se repete. Há sempre uma
substância nova naquilo que parece repetido.
– É o coração que não sente, então?
– Sim. É a cabeça que não deixa o coração
sentir. Que dizem os dois versículos que chamas novos?
– “A mim, o menor de todos os santos, foi
dada esta graça de anunciar aos gentios a insondável riqueza de Cristo” – diz
assim o v. 8.
– Sim. E…?
– “A mim”, a quem, Mãe?
– A quem há-de ser. A ti, o menor de todos
os santos!
– Vês, Mãe? “A mim”, aceito, agora “o menor
de todos os santos”, custa-me a aceitar.
– Achas-te o maior de todos os santos?
– Acho que acho. E o pior é que não sei que
me faça!
– Meu pequenino! Deixa-Me fazer a Mim.
Queres sentir-te o menor de todos os santos?
– Quero, Mãezinha! Queria tanto! Donde me
vem esta vaidade, Mãe?
– Que sentes neste momento?
– Vejo-Te muito feia e zangada.
– E
que achas disso?
– Que anda aqui o próprio Satanás. Sinto-o
furioso.
– Não sabes porquê?
– Tem medo de me perder?
– Tem.
– Eu pertencia-lhe?
– Era por aí que ele esperava levar-te. É
essa a mais perigosa das tentações, a mais subtil: se o Demónio conseguir que
alguém se julgue santo, ganhou a batalha!
– Querida Mãe! E que faço?
– Queres sentir-te pequenino?
– Queria tanto!…
– O menor de todos os santos?
– Queria ver os meus pecados como Deus os
vê.
– Vou levar esse teu desejo ao Coração do
Meu Filho.
– Ele vai dar-me a humildade, não vai?
– Ele ama-te muito.
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