É importante que, ao abrirmos os olhos, vejamos toda a Obra humana como um Monstro disforme e sem sentido, a não ser o absurdo sentido de destruir sistematicamente a Natureza de todos os seres e particularmente a nossa própria natureza humana.
Não imaginei que o diálogo da vigília fosse ter àquele final: a Rainha do Céu desceu à Devastação que praticámos sobre a Obra do nosso Criador para receber no Seu Seio as palavras fatais do “Livrinho” que destapa o Monstro. Quando chegar a Hora, em progressão fulminante, a milenar Impotência de Deus terá assumido toda a Impotência Humana, transformando-a no Olhar Luminoso que o Pecado, também de forma fulminante, nos roubou. Reconhecerá então esse Olhar Novo o Monstro e inundará todo o nosso Corpo com o Desejo irreprimível de o retirar simplesmente do nosso Horizonte! Gemerá então longamente o nosso coração contemplando em toda a sua abrangência a nossa Estupidez! É assim que lhe chamaremos: não já Cegueira, mas reconheceremos que a uma Cegueira culpável só poderemos chamar Estupidez, ainda mais quando contemplarmos os seus frutos. Quem suportará a visão do seu Pecado quando, ao abrirem-se-lhe os Olhos, lhe ficar iluminado todo o Corpo?
Maria é a Rainha vestida de Sol, envolvida na Luz subtil, infinita, de todo o Firmamento. Ah, quando Ela puder oferecer ao mundo as palavras tão humanas, tão acessíveis, tão luminosas do “Livrinho” envolvidas no Seu fascínio de Rainha, na Sua ternura de Mãe, no Seu encanto de Enamorada! Permaneçamos, nesse Dia, de olhos abertos: na Sua Fragilidade estará toda a Impotência de Deus feita Amor Omnipotente!
Sem comentários:
Enviar um comentário