- Maria, Tu que foste a primeira de nós que pecou, pudeste ser purificada a ponto de Deus Te receber no Seu Seio e de fazer de Ti a Rainha de tudo aquilo de que Ele próprio é Rei. Mostra-nos que também nós podemos ser assim elevados à condição de Raça real.
- Não te esqueças de que, antes de ter acontecido em Mim tudo aquilo que disseste, desceu Deus ao nosso estado de criaturas em decomposição.
- Sim, Ele deu sempre primeiro. Ele perdoou no próprio acto da nossa Traição. Fomos nós que não quisemos saber do Seu Perdão. Mas agora, Companheira desta Caminhada longa de tantos milénios, que desceste do Céu ao nosso Deserto, não subas mais ao Céu enquanto não puderes levar Contigo uma multidão incontável que aceitou ser perdoada.
- Não queres que Eu volte para o Céu antes que o mundo se converta ao Coração do seu Deus?
- O que eu quero, na verdade, é que tragas o Céu até nós, para que possamos ver duas coisas: a inominável crueldade do nosso Pecado e o Coração de Deus perdoando-nos.
- Duas coisas que até hoje nunca vimos!?
- Sim: nós, como Corpo único, não abrimos ainda os olhos.
- Nem Eu? Nem tu, que viste já, pelo menos, que temos os olhos fechados?
- Sim, Tu, a nossa Mãe Eva, já tens os olhos abertos. Mas que importa ser os olhos abertos de um Corpo mergulhado na Escuridão e que se recusa a sair dela?
- Queres dizer que o Corpo continua recusando-se a aceitar o Perdão do seu Criador!?
- É verdade! Se nos conseguisses mostrar Deus de Coração aberto, de braços estendidos, pronto a abraçar-nos!
- E se os olhos abertos mostrarem ao Corpo Deus nessa atitude, mas o Corpo achar que não precisa de perdão nenhum, que nada tem que deva ser perdoado?
- Sim, é esse o grande obstáculo a que a Luz brilhe nas nossas Trevas. Nós até hoje não quisemos aqui a Luz. Como Te sentes, Maria, sendo assim os olhos abertos de um Corpo que se recusa a ver a Luz?
- Não contemplámos ainda ontem a impotência de Deus?
- Mas dissemos que ela um dia provocará um incêndio na Omnipotência do Seu Amor e todo o nosso Corpo poderá ver o Monstro que construiu!…
- Lembras-te de como um dia um “Livrinho” Me foi dado a comer? Não é nele que aparece o Monstro destapado?
São 5:54!
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