7/9/97 — 4:57
Pedem-me os Sinais que fale de Jesus como Príncipe da Paz.
— Vem cá, Jesus. Aqui onde estamos, quem Te poderá reconhecer como Príncipe do que quer que seja?
— Espero que Me reconheças tu.
— Eu reconheço. Mas ninguém é príncipe de um só súbdito!
— Não vês mais ninguém Comigo, aqui?
— Hás-de ter muitos amigos que Te reconhecem como seu Príncipe, mas aqui não vejo mais ninguém: só nós os dois.
— E sabes porque te trouxe só a ti Comigo para esta secura e desolação?
— Acho que é porque queres de mim alguma coisa de muito especial, só para mim.
— E dos outros Meus amigos eu não quero nada de especial, só para eles?
— Queres, certamente: Tu queres de cada um alguma coisa de diferente, de especial.
— Este caminho que tu segues Comigo não o segue mais ninguém?
— Este mesmo caminho, não. Acabo de Te dizer que não vejo aqui mais ninguém.
— Mas depois de ti, amanhã, daqui a um ano, digamos, não virei Eu acompanhar outro por este mesmo caminho?
— Só Tu sabes, mas eu acho que não, Mestre! Assim estes cinquenta e sete anos de vida sem nunca poder partilhar com ninguém esta autêntica paixão que sinto por Ti – isto deve estar sucedendo só comigo e com mais ninguém.
— Não, Salomão! Isso sucede a todos aqueles que se apaixonam por Mim.
— Nenhum Teu amigo consegue partilhar com ninguém a sua paixão?
— Não, Salomão, não vês? Numa paixão há uma intimidade que não se pode partilhar com ninguém.
— É por isso que todos quantos Te seguem, seguem caminhos solitários?
— Como Eu. Quem Me seguiu verdadeiramente?
— Ah! É isso que torna especial e único cada caminho que pisas com cada um de nós?
— É. É isso.
— Mas assim, quem nos livrará da nossa solidão?
— Eu.
— Apenas Tu?
— Apenas. Não se isolam os amantes voluntariamente de todos os outros amores?
— Mas assim, Mestre, como se unirão todos aqueles que Te amam, conforme tanto nos pedes e desejas?
— É sempre porque mantêm outros amores no seu coração que os Meus discípulos não se unem.
— A todos os que Te procuram fazes o mesmo — isola-los assim, para que Te amem só a Ti?
— Não sou Eu que isolo ninguém; apenas respondo a quem Me procura.
— Mas a Tua resposta provoca um isolamento…
— Nunca prendo ninguém: as pessoas ficam sempre com a liberdade de voltar para onde estavam. Diz-Me: porque não voltas tu para onde estavas?
— Justamente porque lá onde eu estava é que é a verdadeira solidão!
— Mas não acabas tu de dizer que há uma qualquer solidão neste caminho que segues Comigo, porque ninguém mais aqui vai?
— Sim, há uma solidão, mas é só por não poder contar a ninguém a Liberdade que encontrei.
— E quando te ouvirem com amor a tua história da Liberdade, que te restará para partilhares com os teus amigos todos?
— Ah! Justamente e sempre novas histórias, porque continuará sendo especial e único o Teu Caminho comigo!
São 7:37!
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