2/9/97 — 2:24 — Faro
— Vem dizer-me, Mestre, por onde queres que eu vá: Tu sabes que tenho uma confiança ilimitada em Ti.
— Não queres escolher tu o caminho?
— Se quiseres que assim seja, eu escolho; o que importa é que sempre e só o Teu Desejo se faça em mim.
— Diz-Me então o que te ocupa o espírito.
— Aqueles algarismos: quando vejo dois 2 juntos, logo penso que me estás juntando à Vassula.
— E há algum conflito em ti quando esse pensamento te ocorre?
— Há. Por dois motivos: não entendo porque assim unes estes Teus dois Profetas e não outros; e a missão que nos entregas vejo-a enorme, desproporcionada em relação à nossa insignificância.
— Vamos então a cada um desses motivos de cada vez: se Eu escolhesse outros dois Profetas e assim os unisse naquela missão, já não estranhavas?
— Certamente me haveria de interrogar, mas esse problema já não seria meu.
— E torna-se teu por seres tu um dos escolhidos?
— Pois torna: mexe com a minha vida toda.
— Foi preciso esta escolha para Eu te mexer com a vida toda?
— Não… Qualquer escolha ou acção Tua em nós mexe com a nossa vida toda.
— Então em que consiste o teu problema?
— É que não sei que temos nós em comum para assim nos unires.
— E isso é problema teu?
— Pois…não é… As Tuas escolhas não tens que as justificar. Querer entender-Te plenamente é querer encerrar-Te na nossa lógica, é querer-Te fazer do nosso tamanho, é querer substituir-Te.
— Então vá, diz onde está o teu problema.
— Em me ter associado à Vassula talvez precipitadamente, sem conhecer os outros Profetas.
— E escolher o Profeta com quem te deverias juntar é problema teu?
— Não…de modo nenhum… Na verdade, isso seria outra vez querer ocupar o Teu lugar, substituir-Te!
— Então mais uma vez: onde está o teu problema?
— Na dúvida se Te terei ouvido bem.
— E decidir sobre o tipo de ouvido com que Me deves ouvir é problema teu?
— Isso não. Mas é problema meu a presunção de dizer coisas em Teu Nome sem Te ouvir, de fazer revelações sem que mas tenhas comunicado e mandado fazer… É problema meu o pecado.
— Então pode haver um pecado em cada revelação destas páginas, em cada afirmação, em cada palavra até…
— Não pode.
— Não pode?
— Não consigo dizer que pode… Parece-me uma monstruosa ofensa a Ti.
— Não há pecado nenhum em ti?
— Ah, Mestre, não foi isso que eu quis dizer! Estas páginas podem estar cheias de pecados meus, mas não reconhecer nelas o Teu Dom é que seria grave ofensa: Tu até dos meus pecados Te podes servir para revelares a Tua Luz!
— Então diz-Me: tirar os teus pecados é problema teu?
— Não!… É verdade, nem esse é problema meu: só Tu tiras os pecados do mundo, os meus e os de todos os meus semelhantes!
— Pela última vez te pergunto: onde está o teu problema?
— Ah, Mestre, há-de estar certamente onde está sempre: na falta de Fé!
— És Meu amigo?
— Eu pensava que era…
— E és; não tenhas medo: Eu sei da tua fragilidade e do teu desejo e isso, mais do que os passos que dás em cada momento, Me enternece e Me faz desfalecer de amor por ti. Quis só mostrar-te que não estás ainda totalmente abandonado a Mim e que por isso podes ser ainda muito mais Meu amigo. Queres ser mais Meu amigo?
— Tu sabes que quero, Mestre! Muito mais.
— Mas havia um outro motivo…
— Sim, um segundo motivo de conflito interior quando fazes da Vassula e de mim as Duas Testemunhas do Apocalipse, por ser tão grande a missão para tão frágeis pessoas.
— E podes dizer-Me onde estão as pessoas fortes?
— Não, não posso! Somos todos nada perante os Teus Olhos.
— Diz-Me agora: que sentes pela Vassula quando consideras esta aproximação que estou fazendo entre vós?
— Ah! Não tinha entendido!… Esta misteriosa, tão funda afeição que por ela sinto, és Tu reunindo-nos na nossa missão comum?
— Não está claro, Meu patetinha? Como poderia Eu juntar dois discípulos Meus numa mesma missão sem os juntar num mesmo, indestrutível amor?
— A Vassula também gosta de mim?
— E isso é problema teu?
— São 5:09.
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