20/8/06 — 12:50:21
A proximidade em que o Céu se colocou todo junto de mim sempre me surpreendeu, a ponto de se tornar a fonte das minhas mais dolorosas dúvidas. Também, é claro, de uma felicidade inesperada, tão natural e tão viva, que quando daí regressava ao mundo cinzento da Rotina e da Lei, mais se me realçava a natureza divina do Céu Novo que estava descobrindo. E Deus, em vez de Se rebaixar nesta descida até mim, tornava-Se-me infinito na Sua capacidade de amar. E foi aqui que o meu coração viu Deus. Não é ele Amor? Amor sem nenhum limite?
Não havia, pois, nenhum motivo para que Maria, a nossa Irmã segundo a natureza humana, Se mantivesse afastada de mim, mesmo sendo Ela a Rainha do Céu. Até justamente por esse mesmo facto: no Reino dos Céus, quanto mais grande, mais próximo, porque sempre a maior grandeza corresponde maior Amor. Mas o Amor de Maria é um Amor que até hoje não conhecíamos em Deus, embora, obviamente, n’Ele estivesse desde toda a eternidade, porque não há Amor que não seja Deus: o Amor de Maria é um Amor feminino. Atrevo-me a dizer que é um Amor exclusivamente feminino! Forte, doce, humilde. De uma omnipotente fragilidade. E por isso mesmo de um Encanto inteiramente novo.
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