1/9/97 — 4:10 — Faro
Este é o mês 9, porventura o mais marcante de toda a minha vida. Se Agosto é o mês em que encontrei Jesus vivo aqui nos caminhos da nossa Cidade e d’Ele me enamorei, Setembro é o mês em que Ele me revelou a minha vocação, de que faz parte como elemento fundamental o escrever o Seu Mandamento para o Dia Nono, o Grande Dia do Seu Regresso. É justamente o que me dizem os algarismos neste meu primeiro acordar de Setembro, com espectacular clareza, segundo o código combinado entre mim e Jesus, a partir de então em verdade o meu único Mestre: continua gravando a Minha Lei! Anuncia o Meu Mandamento! — assim me pediu Jesus ao acordar, ao mesmo tempo que me fazia sentir a Sua Presença, sob a forma de uma doce felicidade física, esta surpreendente invenção do Seu Amor!
E eu tento corresponder o melhor que posso: dou-Lhe a minha caneta, dou-Lhe o meu tempo, dou-Lhe as minhas faculdades todas. E tudo isto é mesmo muito pouco: a minha caneta é de plástico, o meu tempo é Ele que mo arranja, as minhas faculdades é fácil ver que estão todas diminuídas. Não estou a compor a minha própria personagem; é assim que eu sinto. Não escrevo a partir de qualquer êxtase, ou sob qualquer arrebatamento místico; escrevo, pelo contrário, nas mais corriqueiras condições humanas, em ambientes por vezes bem impróprios para a concentração que uma escrita assim era suposto exigir. Vivo, pois, bem no meio da Cidade com a sua aridez e o seu estrondo e está aqui uma das características mais marcantes desta Profecia, que a mim próprio me enternece: Deus não levou desta vez o Seu Moisés para longe da multidão, para o recolhimento do monte Sinai; desta vez ele manteve-o bem no meio do reboliço em que cirandam os homens. Desta vez, gentes, Deus não escreveu, Ele próprio, a fogo, na pedra, o Seu Mandamento; Ele está-se servindo agora da própria deficiência humana assim como a encontrou, na própria ruína que ela habita!
— Meu Senhor!…
— Olha o relógio! — interrompe Ele.
— 6:01
— Interpreta.
— É do próprio reino das Trevas que o Espírito fará levantar agora a Luz!
— Então diz-Me: que há de novo agora, na fixação do Meu Mandamento, relativamente à Minha Primeira Vinda?
— Naquele tempo também o Teu Mandamento foi escrito pelas ruas da nossa Cidade. Mas dessa vez foi escrito por Ti próprio, revestido da nossa deficiência, uma deficiência que culminou na Cruz; nesta Tua Segunda Vinda é a Tua grande Promessa, o Espírito Consolador, que está gravando na nossa própria miséria a Tua Palavra Omnipotente. E tu surgirás, como Luz nunca vista, para todas as nações!
São 6:30.
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