Esta Profecia anuncia um verdadeiro Renascimento da Igreja. Não uma
renovação. Um recomeço. Obviamente à margem da Igreja institucional, como
aconteceu com a Igreja primitiva. É uma ingenuidade - dizem todos. Uma impossibilidade - concordam todos de novo. Mas Jesus não se
move no território do possível e por isso Ele avança e diz: não há mais remendo
que se lhe ponha; a Igreja deverá começar de novo desde o princípio, com gente
de Fé ingénua, como foi há dois mil anos. A mensagem seguinte é só uma das
inúmeras que para aí apontam:
Poderá alguém perguntar, face à razia que estes Diálogos fazem em toda a
instituição, desde a familiar até à religiosa: se não há normas, se não há pelo
menos um rito universal na Igreja de Jesus, nem mesmo o rito do jejum quaresmal
preparando a Páscoa, se tudo terá que ser feito a partir de impulsos
individuais e secretos como resposta às indicações de Deus segundo o carisma
específico de cada um, se não vai haver na nova Igreja nenhum sinal exterior
visível e universal que identifique os seus membros e manifeste a sua unidade,
como poderá ela aparecer perante as nações como um Povo único? Como evitar que
a Fé se torne puro assunto privado, exposta, portanto, a todo o tipo de
manipulações, quer em função dos interesses do próprio, quer de interesses
alheios, porventura malévolos e perversos?
Parece, de facto, uma perfeita ingenuidade o cenário que estes Diálogos
têm desenhado relativamente à Igreja de Jesus. Sabemos, de facto, como estão
distorcidos os corações dos homens e não temos visto até hoje outra forma de os
ordenar e conduzir senão através de uma “autoridade forte”, de um “pulso
firme”. Mas eu, de ouvido reclinado sobre o Coração do Mestre e da Rainha do
Céu, continuo proclamando o Impossível: o governo exclusivo do Espírito. (Dl 29, 9/2/05)
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