O
Apocalipse chama à Serpente antiga Dragão, como se o frágil e simpático animal
que tentou Eva, viesse sempre engordando até se tornar nesta imponente e
intimidatória Besta. Trata-se de um símbolo, é verdade, mas por isso mesmo
capaz de visualizar de forma particularmente sugestiva a sistemática e impune esterilização
da vida na Terra levada a cabo pelo “príncipe deste mundo”. Fala dele a mensagem
seguinte, mas também da sentença que sobre ele pronunciou Yahveh, na própria hora
do primeiro Pecado:
Que mais obstáculos será necessário derrubar até atingir a raiz do Mal e
aí fazer descer o Fogo do Céu com o seu poder purificador e a sua inebriante
Luz?
Já muitas vezes me pareceu estar bem perto deste tenebroso antro do
Dragão. Mas sempre surgiram novos obstáculos ainda não derrubados, novas
armadilhas ainda não detectadas. Dentro do próprio território da Carne, para
onde desde o início, sem descanso, me dirigiu o meu Amigo e Senhor e que tão grande
escândalo irá provocar, há muito que eu julguei os obstáculos todos derrubados,
tal foi a razia que vi diante dos meus olhos. E no entanto veja-se como eles
continuam levantando-se diante de mim, teimosos e brutos, todos eles protegidos
por uma respeitável lei moral, ou social, ou mesmo religiosa. Jesus acaba de o
confirmar, advertindo de que não está ainda tomada a central de comando do
Dragão. E veja-se como logo a seguir, no fim da vigília, aparece justamente o
Sinal da grande Besta (8:06) opondo-se,
de forma muito significativa, ao Espírito e à Rainha do Céu. A Eles, de facto,
está entregue a decisiva missão de preparar o Regresso de Jesus: ao Espírito a
de abrir os corações à Luz; à Rainha, a de vencer o Dragão, acorrentando-o no
Abismo por mil anos. (Dl
29, 30/1/05)
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