- 19:36:55
Estou tentando executar um cenário que imaginei para a próxima peça dos meus alunos e estou encontrando várias dificuldades… Concebo tudo muito grande, grande demais para a minha capacidade de realização. Fico sempre mais ou menos insatisfeito com o produto final, mas esta insatisfação tende a desaparecer. Continuo a colocar toda a minha energia no que faço, mas custa-me começar e depois de feitas as coisas já me não importa tanto de as ver imperfeitas. É que se trata de coisas da Cidade e tudo o que nela faço sei agora que é só um elemento da Ruína universal.
Sobretudo ficava feliz se não tivesse que fazer estas coisas e nenhuma saudade ou apego me deixarão quando chegar a hora de abandonar tudo isto. É mesmo como se abandonasse uma ruína em que tive que viver e por isso fui obrigado a conservar de pé.
Estou, pois, trabalhando aqui como se isto não fosse meu. Só as pessoas verdadeiramente me interessam e por isso continuo a conceber as coisas em grande, como se quisesse sempre evitar que passe despercebido o que faço. E através destes Sinais intensos e largos quero sempre atingir os corações. Desta vez, com aquele cenário, que representa um gigantesco coração que se desfaz e refaz, queria mesmo indicar às pessoas o caminho do Coração. Mas é tudo tão frágil…
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