16/2/00 - 3:31
A Nova Terra virá como consequência de se ter aberto, nos corações, o Novo Céu. Será, pois, no tempo, um acontecimento mais afastado. Consentir em deixar desmoronar-se toda a obra das nossas mãos é, de facto, impensável sem a mudança prévia dos corações. Terá que haver um arrependimento sincero e generalizado. É preciso primeiro que todos os ídolos sejam substituídos no coração pelo Deus Vivo.
Por isso foi sempre preocupação máxima e quase poderíamos dizer única de Jesus curar a Alma. Se Ele conseguisse que o nosso coração procurasse primeiro o Reino dos Céus e a sua Justiça, tudo o mais nos seria dado por acréscimo - não só a saúde do próprio corpo, mas a saúde de todo o nosso Planeta Azul.
Foi isto que Jesus fez em mim: encheu-me o coração de um inesperado carinho por todas as criaturas e passei a vê-las todas esmagadas a uma velocidade alucinante pela garra do homem. Até já o ar que respiramos está envenenado, até já o céu o temos todo sujo e não tarda que de lá nos comecem a cair em cima da cabeça, com uma frequência de que hoje ainda não suspeitamos, os ídolos com que o estamos enchendo.
Deste modo foi Jesus robustecendo a minha Fé em que também a Nova Terra haveria de vir. E assim como do antigo Céu, atulhado de leis e doutrinas e dogmas, já nada resta em mim, também a Terra a vejo de todo limpa dos nossos ídolos. Porque tanto é ídolo uma casa como o Código de Direito Canónico, uma catedral como uma doutrina, uma nave espacial como um dogma. Foi com ídolos fabricados pela nossa soberba que atulhámos Céu e Terra.
E não estou certo de que os ídolos materiais sejam mais difíceis de deitar abaixo do que os ídolos intelectuais ou doutrinários. A Grande Batalha vai desencadear-se, pois, no terreno das convicções religiosas e morais, levantadas e mantidas ao longo dos séculos com mão férrea pelos poderes deste mundo, entre os quais os mais fortes e ferozes não são os políticos e militares, mas os religiosos! Foram sempre os poderes religiosos que condicionaram e legitimaram os poderes da Cidade. Mesmo nas sociedades modernas, onde se diz que o Estado é laico: são sempre doutrinas e princípios mais ou menos dogmatizados que os guiam e tais doutrinas e princípios têm sempre uma matriz religiosa, escondida mas que aflora sempre que aqueles ídolos são postos em causa. Por isso me diz a minha Fé que, desfeitos nos corações os ídolos doutrinários, a Nova Terra virá mais depressa do que julgamos.
São 5:49!
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