Os
acontecimentos da vida histórica de Jesus são paradigmáticos, são o modelo para
os séculos futuros. A Páscoa, por exemplo, não a viveu Jesus para ser
recordada; foi para ser reproduzida na vida de cada um de nós. Se a Páscoa não acontecer
em nós, a Páscoa de Jesus permanecerá estéril, por mais grandiosas que sejam as
celebrações da Semana Santa. É disto que fala a mensagem seguinte:
A grande Páscoa da História dos homens será agora, quando Jesus
regressar – foi isto, devagarinho, o que Jesus me foi fazendo ver, a partir da
vigília de hoje.
Toda a vida terrena do nosso Redentor se dirigiu para aquela assombrosa
Páscoa, em que Deus Se haveria de fazer pura Morte e Dor, para daí, do absoluto
fundo do Negrume em que o homem caiu, Ele pudesse levantar a Vida plena e o
Prazer puro, para sempre! Era como se fosse este um novo Universo para oferecer
ao Homem assim, resgatado, como no princípio oferecera ao Homem a Primeira
Criação!
Mas Deus não pôde até hoje realizar este Seu Sonho, porque nós-escravos
foi como se tivéssemos ficado atordoados com tamanha Loucura. Houve nesse tempo
um vivo alvoroço nos corações que de tão absurdo Amor tiveram conhecimento. Mas
em breve esta Notícia foi perdendo a sua força mobilizadora. Ela postulava o
abandono puro e simples da Escravidão e nós tínhamos já nascido no Cativeiro.
Pareceu-nos impossível a Liberdade anunciada, tivemos medo de deixar a segurança
adquirida e esquecemos o Libertador. Por isso a verdadeira Páscoa ainda não
foi. (Dl 29, 24/2/05)
Sem comentários:
Enviar um comentário