20/6/01 - 3:54/5
Os meus leves, ridículos Sinais transmitem-me uma mensagem afectuosa: Jesus assume o meu lugar de Profeta nestes dias agitados de preocupações com a obra das nossas mãos, vigiando e fazendo aquilo que eu não consigo fazer.
Mas não Se tinha Jesus afastado, no início deste Outono, para a Região dos Mortos, para trazer, ressuscitados, todos quantos lá encontrar? Sabemos que Deus nunca Se afasta de nós. Ele é uma presença contínua e actuante. A nossa linguagem carnal é que é rudimentar e o nosso ser é, aqui na terra, sempre limitado e condicionado pelo espaço e pelo tempo em que sucessivamente se encontra. Propriamente Deus nunca Se afasta. Ele está todo e sempre presente em plenitude naqueles que O desejam com sinceridade de coração: a visão que temos corresponde à pedagogia de Deus a respeito de cada um de nós. Assim, durante o tempo em que eu digo que Jesus Se afastou para os Infernos, pode o meu irmão aqui ao lado senti-Lo mais próximo que nunca.
A mim, porém, deu-me o Pai a missão de Profeta: eu devo anunciar o Seu Desígnio de salvação para toda a terra. E o Plano de Deus tem naturalmente que se realizar no tempo; tem, por isso, fases variadas, momentos altos e cavadas depressões, como as ondas da vida, condicionadas pela Liberdade do homem. Pode, portanto, sem que o particular processo de conversão de cada um seja alterado, ser agora um altíssimo momento da Redenção. Pode, assim, estar Jesus agora efectivamente preparando a universal Ressurreição da Carne. E não nos é difícil admitir que este momento constitua uma Festa indizível no Céu.
Deste modo, enquanto isto anuncio, Jesus acompanha em permanência, com muito carinho, cada momento que atravesso. Não sei ainda porque voltou agora, desta forma tão clara, enquanto a Senhora Se afastou. Mas vou perguntar-Lho directamente.
- Jesus, meu querido, fiel Amigo de todos os momentos, em especial dos mais arrasadores momentos de solidão neste Deserto, não me queres dizer porque voltaste?
- Já o disseste: para vigiar em tua vez, nesta fase…
- Mas eu sei que não foi só por isso: a nossa Mãe poderia perfeitamente exercer essa mesma vigilância…
- E não Lhe disseste repetidas vezes que tinhas medo de te esqueceres de Mim?
- Este Teu momentâneo regresso é uma prenda d’Ela?
- Tu sabes muito bem que Ela te ama com uma ternura que nunca conseguirás descrever.
- Tu vieste então para que eu não sentisse esta fase da Batalha neste medonho Deserto como um desleixo meu?
- Sim. Ela quis mostrar-te com que atenção Eu te acompanho.
- Não foi também para me confirmar na certeza de que, quando se tratar da reconstrução da Tua Casa, Tu sempre estarás junto de mim, especialmente vigilante?
- Sim. Está tudo tão próximo, agora…
São 5:45!
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