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Para além dos mudos Sinais do Caminho do Céu, mais este agora, bem vivo e claro, transmitido pela minha companheira Vassula, em 13/1/95 e que a folha da vigília ficou marcando: “Nada do que fazes, ainda a parecer pequeno e incapaz, é feito em vão. O rasto que deixas atrás de ti ficará gravado e, a partir dele, se impõe a Minha Obra”.
Assim confirma Jesus o que ficou escrito esta noite no diálogo com Maria: eu estou escrevendo o Evangelho dos gestos “pequenos e incapazes” de Jesus, na Sua vida de anónimo profissional da Cidade. Agora, atrás de mim, deverá ficar gravado o Seu rasto. E é deveras significativo que o próprio Jesus proclame ser justamente a partir dele, deste Seu simples rasto, que se irá impor a Sua Obra. Não é, pois, através das palavras consideradas pelos eruditos substanciosas que se manifestará nesta Profecia a Obra do Senhor, mas precisamente naquilo que mais a tem caracterizado e distinguido de todas as outras Mensagens do Céu: pelo relato minucioso do que de mais vulgar tem a vida, de tudo aquilo que costumamos considerar “pequeno e incapaz”.
Ora é justamente por estar aqui a Mensagem do Céu vestida da incapacidade e pequenez da nossa vulgar existência, que as pessoas até agora a não têm reconhecido, como não reconheceram Deus no cidadão anónimo de Nazaré, carpinteiro de profissão, filho do carpinteiro José e da simples mãe de família e dona de casa Maria.
E é talvez considerando esta anónima mulher de Nazaré, Sua Mãe, que Jesus garante à Vassula: “Não desprezes nunca as tuas tarefas domésticas, que são igualmente encantadoras para Mim” (ibidem). De facto, nada da vida de Maria se realça, no Evangelho, a não ser os pequenos e leves gestos próprios de uma mãe vulgar: vemo-La cumprir todos os rituais exigidos pela lei relacionados com o nascimento de Jesus; vemo-La aflita à procura do Filho quando deu pela Sua falta no regresso de Jesrusalém; vemo-La nas bodas de Caná apenas provocar silenciosamente o início da vida pública de Jesus; vemo-La no meio da multidão, talvez feliz bebendo as palavras do Filho, talvez apreensiva ou perplexa com tudo o que acontecia à volta de Jesus; vemo-La, como qualquer mãe, chorando junto do Seu Filho torturado, a Quem não pôde valer. E de resto só se diz que Ela estava no Cenáculo quando o Espírito irrompeu para fazer incarnar a Igreja no seio do mundo como Presença de um Reino que se haveria de revelar todo de um outro Mundo.
E nada mais se diz da Rainha do Céu. Quem A poderia reconhecer como Mãe de Deus em tão vulgares gestos? Ora é justamente o Evangelho desta silenciosa Incarnação de Deus que agora está sendo escrito, para que não mais procuremos Deus na lonjura das estrelas, mas na nossa intimidade, vestido, como nós, de tudo quanto é “pequeno e incapaz”.
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