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Perante acontecimentos e Sinais revelando de modo claríssimo a acção de Deus em mim, como se compreende que regressem, de tempos a tempos, devastadoras dúvidas que me abalam até aos alicerces do ser? Há-de ser difícil, por exemplo, à razão deste mundo, despachar sem mais, com o argumento do “acaso” ou da “coincidência”, ou com o refinadíssimo argumento da moda, o “inconsciente”, aquilo que há pouco me aconteceu: eu trouxe aqui para fora a Bíblia, a Vassula e o terceiro volume destes Escritos. Pensamentos perturbadores impediam-me de me concentrar nas coisas do Céu. Peguei, por isso, como sempre faço nestes casos, num destes livros, para me ajudar a rezar. Saiu-me o terceiro volume deste manuscrito, que se me abriu no dia 15/7/95. Ho! Já conheço – disse eu cá dentro e fechei o livro, disposto a procurar outra página. Mas logo me lembrei de que não deveria fazer isso, sob pena de desprezar a Vontade de Deus, apropriando-me do critério de escolha, que só ao próprio Deus poderá, neste caso, pertencer. Assim, fui procurar de novo aquela página e encontrei-a. Li. Afinal, nada conhecia do que ali estava escrito: eu só lera várias vezes. De facto este texto, baseado também num Salmo, o 116 (114-115), foi como um campo semeado que só agora germinara para mim: eu conhecia-o como campo semeado, mas não o tinha visto ainda como paisagem verde, onde já há frutos prontos a comer! Mas porque se regalou assim desta vez a minha alma naquele verde e naqueles frutos? Só lendo com o coração todo esse dia quinze de Julho: é justamente uma meditação sobre o sentido da aridez e um cântico de acção de graças pelo Dom do Deserto! Foi como se tivesse semeado de novo hoje, em nova seara, a mesma semente de então e o Senhor me levasse a ver já o resultado daquela sementeira para me encher olhos e coração com a surpresa!
Dizei-me agora a mim, explicai a toda a gente: porque fui eu arrancar o terceiro volume duma pilha de nove que tinha no quarto, em cima da cómoda? Porque abri eu o livro justamente ali, naquele dia quinze de Julho? Puro acaso! Coincidência pura! Nem sequer é preciso recorrer aqui aos complicados processos do Inconsciente – respondereis vós sem pestanejar, meus irmãos sábios de largas testas e altivos rostos. E não sei se alguém acreditou em vós. Mas eu acho-vos tão sequinhos, tão poucochinhos…
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