21/6/01 - 2:51
Tem sido incansável o Céu, nas suas manifestações de carinho durante estes dias em que ando absorvido pelas coisas da Cidade: sempre, de forma silenciosa ainda, os meus mudos algarismos me alertam para uma forte Presença dos meus Amigos do Céu. E isto está-se tornando para mim uma enternecedora surpresa: a sensação de terra devastada que ultimamente vinha sentindo, em vez de se acentuar, como seria lógico, atenuou-se, e o tempo que passava a escrever e a ler - as minhas formas mais frequentes de oração - foi substituído por certeiros e oportunos Sinais de que, de facto, todo o Céu está vigiando e abençoando o pesadíssimo trabalho que sou forçado a executar.
- Maria, podes falar comigo agora? Gostaria que me falasses deste meu momento presente…
- Meu doce pequenino, quanto gosto de ti!
- Como? Alguma coisa de especial em mim agora Te encantou?
- Quando o peso de Babilónia se abate sobre os Meus filhos e os vejo de bracitos levantados para Jesus, para o Pai, para Mim, não imaginas como fico feliz! Sois tão pequeninos e frágeis aos Meus olhos, especialmente nesses momentos…
- Olha: e tens gostado do que escrevo nas vigílias?
- Porquê? Consideras desinteressante o que tens escrito?
- Tu sabes que agora eu estou considerando desinteressante tudo quanto escrevi. Mas neste caso, para além disso, pareço estar a dar uma exagerada importância a uma coisa reconhecidamente chata para toda a gente.
- Olha: sabes para que te pede Jesus que escrevas em cada momento sempre e só o que estás sentindo?
- Porque Ele quer dizer a toda a gente que está no nosso mais leve gesto?
- É verdade: tu és o Nosso querido Profeta da Incarnação de Deus.
- Sim, já me tinhas dito que eu estou escrevendo agora sobretudo o Evangelho dos trinta anos da vida anónima de Jesus e também da Tua…
- Sim, é muito importante que o mundo veja Jesus assumindo todos os seus gestos.
- E gostaste especialmente agora que eu O tivesse mostrado como carpinteiro, por exemplo?
- Sim, que todos os profissionais da Cidade saibam que o seu Deus passou a maior parte da Sua vida na terra participando na obra humana que Lhe está destruindo a Sua.
- Ah, como Tu sabes mostrar as coisas do Céu! É agora tão simples e eu não o tinha visto: Deus veio fazer connosco a própria obra que O está continuamente ofendendo!
- Entendes agora o sentido de tantas páginas que escreves? E o sentido deste tão longo tempo de Deserto em que vives?
- Ah, Companheira querida, que preço está pagando Deus pelas nossas vidas!
São 4:36!?
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