17/6/01 - 3:32
Tudo ao acordar me falou da Presença de Deus. Sobretudo um profundo suspiro, inteiramente inesperado, porque tem ocorrido muito raramente e nunca ao acordar. E foi pouco depois, na transição dos Sinais 7 para 8, a presença de Maria, dando-me a Sua Paz de Rainha do Céu.
E assim, com estes toques leves, me está segurando o Pai no caminho de Jesus. Continuo sem nada de mais intenso para contar. Ninguém reage aos Diálogos. Parece que não são “do Homem com o seu Deus”. Muito menos parece que estamos já no “Tempo Novo”. Mas até isto deixou já de me preocupar. E interpreto este facto como um precioso Dom do Céu: sinto-me agora entregue, de forma mais radical, à acção do Espírito. É verdade que este estado de Alma, conforme tenho testemunhado, me aparece às vezes como um deixar correr, um desleixo, uma subtil, encapotada desistência. Mas sempre, quando me vê mais prostrado de apreensões e dúvidas, Jesus volta a erguer-me na minha Fé com aqueles toques leves, como se me quisesse manter sempre em situação-limite.
De facto, da permanente releitura que faço desta própria Profecia, verifico haver nela um contínuo lamento, a par da constante revelação do Mistério de Deus, como se fosse o seu som de fundo. É sempre na dor que revelo Deus. Mas não parece ser triste esta Mensagem; pelo contrário, parece haver em todas as páginas uma porta abrindo-se para um espaço imenso… E não um espaço vazio, mas feito de paisagens consistentes, muito vivas e frescas, fazendo adivinhar muitas outras. Porque há nesta Profecia uma promessa permanente: todas as fronteiras serão derrubadas à medida que se lá chegar, sejam elas as do Impossível, ou mesmo até do Absurdo.
E acho agora que é aquela dor permanente que dá consistência e autenticidade a este Reino maravilhoso que se vai desenrolando diante dos nossos olhos deslumbrados. E não sinto estar fazendo um auto-elogio: as paisagens que descrevo sinto-as todas como revelação do Senhor deste Reino que não é seguramente deste mundo. É por isso que dói: é agarrado a este mundo que eu vou em Nome de Jesus, mostrando aquele tão outro Mundo. E quanto mais mostro, mais este mundo se me torna insuportável prisão.
Actua então aqui a Esperança. E ela produz dois milagres: faz-me viver o que ainda não tenho e amar o que vou deixando. Também por isso não é triste a minha dor: ela parece estar gerando uma sempre mais funda compaixão, uma mais viva ternura, um amor, enfim, cada vez mais abrangente a todas as criaturas e muito em especial às pessoas todas, sem nenhuma excepção, tanto bonitas como feias, tanto amigas como inimigas.
São 5:52!!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário