Veja-se aonde me conduziu o Mestre a propósito da minha visita à
sinagoga judaica do Porto.
2/7/96
– 9:35
– Como Me encanta a tua pequenez! Como amo
os pequeninos!
– Ser pequenino é também sentir-se incapaz?
– Como as crianças.
– Encanta-Te que estendamos para Ti os
bracitos frágeis a pedir ajuda, como nos encanta a nós esta imagem dos nossos
filhos pequeninos?
– Sim. Se não vos fizerdes pequeninos, nunca
encantareis o Meu Coração.
– E não entraremos nele?
– Não. Recusar ser criança é recusar o Meu
Coração.
– Entrar no Teu Coração é entrar no Teu
Reino?
– É. O Meu Reino é Amor.
– Então ajuda-me, Mestre. Utiliza as
melhores palavras que houver no meu vocabulário.
– Vamos, Meu pequenino, vamos lá. Passaste
ontem pela sinagoga judaica, no Porto, não passaste?
– Passei.
– Para quê?
– Nem sei bem. O povo judeu empolga-me.
– Porquê?
– Por ser teimoso.
– Em que teima ele?
– Na sua unidade.
– E que mais?
– Nas suas tradições.
– E o que há, nas suas tradições, que assim
o amarre?
– És Tu.
– Eu, Jesus de Nazaré?
– Sim, Tu, Jesus de Nazaré. Só que eles não
sabem.
– Como sou Eu, se eles Me rejeitaram?
– O que os amarra às suas tradições é o
saberem que Deus Se revelou a eles, como povo, em linguagem humana. Deus
revelou-Se a eles falando hebraico. Este Deus que assim Se faz linguagem humana
és Tu, Jesus nascido em Nazaré, judeu da Galileia, de uma moça judia chamada
Maria.
– Porque não Me aceitaram eles então?
– Porque se tinham afastado dos Profetas,
onde Tu estavas, e se agarraram à Lei, de que retiraram a Profecia. A Lei sem a
Profecia é só barro, sem o Sopro da Vida! Por isso, quando o Teu Barro se
levantou entre eles, animado do Sopro da Vida, não Te reconheceram.
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