4/12/96
– 9:39
A Plenitude de Deus vai regressar à terra! –
assim me gritam aqueles algarismos, me vêm desde há dias gritando. E eu não sei
que resposta dê a esta Voz.
– Que queres que faça, Mestre?
– É preciso que Me ames. Quem tudo faz é o
Amor.
– Mas nós consideramos isso que nos dizes
teórico. E consideramos que amar é fazer coisas, coisas visíveis, concretas.
– Como se desenvolveu o Meu Amor em ti? Que
coisas concretas fizeste?
– Foste tu que fizeste todas as coisas
concretas – reconheço eu agora de surpresa: foste Tu que me desviaste, naquele
Agosto, para a casa onde conheci a Vassula, em Faro, foste Tu que me puseste
nas mãos, naquelas férias no Rossão, os seus Escritos, foste Tu que me fizeste
girar sobre mim mesmo, ao longo da rua e me fizeste parar para me pedires que
reconstruísse a Tua Igreja, naquele início de Setembro em que também me levaste
à fixação destes Diálogos, foste Tu que alteraste, enfim, o meu comportamento
geral em relação à minha família, em relação à minha profissão, em relação às
plantas, em relação aos animais, foste Tu que alteraste tudo o que foi alterado
no meu coração!
– E foi muito o que foi alterado?
– Creio que me viraste para o lado oposto.
– E que foi necessário fazeres tu,
concretamente, para que tudo isso acontecesse?
– Acho que apenas desejei que acontecesse e
tenho a consciência feliz de que até este desejo foste Tu que mo deste.
– E desejas que Eu venha trazer de novo à
terra a Plenitude de Deus?
– Tu sabes que desejo.
– E podes dizer-Me porquê?
– Porque me fizeste ver já que nada nem
ninguém mais pode curar as chagas da Humanidade e com isto me deste um luminoso
Conhecimento da minha indignidade e da minha impotência total para curar seja o
que for. Assim, a única coisa que sinto poder fazer e desejar é pedir-Te que
nos venhas curar todos os aleijões e chagas.
– E o que é que há de teórico no teu desejo
e no teu pedido?
– Como? Teórico? O que é que há de teórico
num desejo e num pedido?… Acho que nada. Os desejos e os pedidos nunca são
teóricos!
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