15/12/09 – 7:39
– Maria, tantas coisas me enxameiam a
cabeça, já fiz vários discursos não sei a quem sobre os mais variados temas de
que já me esqueci – tudo isto desde que acordei, àquela hora que está registada
acima. São agora…9:06! Pois. O Sinal da Besta, ainda por cima!
– Está lá também o Sinal do Espírito…
– Diríamos então que a Besta está ali
roubando o lugar, ou pelo menos perturbando a acção do Espírito…
– E ela pode fazer isso?
– Frente ao Espírito ela não pode fazer
nada. Mas pode fazer muito frente a mim.
– Se tu deixares. Deixaste?
– Neste caso, nem deixei, nem impedi. Não
houve uma opção ou luta de qualquer espécie; as coisas aconteceram-me e pronto.
– Podia ter sido o Diabo a dispor as coisas
assim – a enxamear-te de coisas a cabeça, a promover aqueles discursos perante
aqueles ouvintes?
– Podia: o lugar em que vivo faz parte do
seu reino e aqui tudo lhe está sujeito.
– Mesmo este tempo depois de acordares, em
que a tua intenção e o teu desejo é estares com Jesus e Comigo e tomares nota
por escrito de tudo quanto se passou?
– Sim, mesmo neste caso ele podia fazer
acontecer aquelas coisas: a dispersão é, aliás, uma das suas mais típicas
formas de ser e de actuar.
– Mas, uma vez que não houve neste caso
nenhuma expressa escolha tua e a tua vontade implícita era estar Connosco e
escrever, porque não interferiu o Espírito, para que aquela dispersão não
acontecesse? Ele podia fazer isso, não podia?
– Há uns tempos eu responderia imediatamente
que sim; agora já não sei
– Não sabes? Tens escrito sempre que o Diabo
só pode levar por diante as suas intenções quando os homens se lhe sujeitam.
Ora não é esse claramente o teu caso. O que poderá, pois, impedir o Espírito de
exercer aqui o Seu poder de Deus?
– O facto de eu permanecer num reino que
pertence ao Diabo.
– Mas tu já não lhe pertences! Ou tens
dúvidas?
– É verdade que eu já sei que tipo de rei é
ele e que já do fundo do coração me entreguei a um outro Rei. Mas eu sou órgão
de um Corpo que, como tal, lhe executa a vontade, sem contestação. Ora um órgão
não pode ser retirado do respectivo corpo e viver autonomamente fora dele; ele
tem que funcionar em coordenação com todos os outros órgãos. E aqui o Espírito
não pode fazer nada…excepto uma coisa…
– Qual?
– Manter desperto e lúcido o órgão que
acordou para a Verdade que o circunda e de que ele faz parte.
– Neste caso, a Mentira que o circunda.
– Sim, é essa a Verdade. Uma Mentira que até
hoje nunca parou os seus processos, nem nunca questionou a sua natureza.
– Que pode então fazer o Espírito, na Sua
Omnipotência e na Sua Omnisciência? Nada?
– Pode ser de uma tremenda eficácia ao
manter iluminadas as células despertas, de modo a iluminarem a dispersão
circundante, num contágio em cadeia, até que um dia de repente todo o Corpo
acorde, numa explosão de Luz! A Libertação virá de dentro, quando menos
esperarmos.
São 10:12!
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