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Há momentos em que a minha ligação a Jesus parece resumir-se ao receio de O perder. Porque de resto nada de sensível me liga a Ele; só sei que Ele é, de facto, o Tudo da minha vida. É neste contexto que me percorre às vezes a sensação de que as próprias palavras destes textos, que a minha Fé diz terem por Autor-Fonte o próprio Verbo de Deus, se estão esvaziando. Mas a nossa omnipotente e doce Rainha veio hoje mostrar-me, mais uma vez, que esta sensação faz parte do próprio processo da nossa incarnação no mundo estéril que ajudámos a construir; trata-se, pois, não de um perigoso afastamento de Deus mas, pelo contrário, de uma mais perfeita partilha do Caminho seguido por Jesus na Sua Incarnação.
Assim, a garantia de que esta sensação de esvaziamento das palavras que cremos virem de Deus não corresponde a um perigo de afastamento de Deus mas a uma maior união com Ele é-nos dada justamente por aquele receio de perder Jesus. Torna-se então este receio um verdadeiro medo santo. É o Santo Temor de Deus de que fala a Bíblia e que Jesus confirma nos Profetas mais recentes, chamando-lhe princípio e coroa da Sabedoria. Enquanto, pois, este medo existir em nós, sabemos que se trata de um subtil laço com toda a força de um Dom de Deus, que nos permitirá sempre discernir entre o Bem e o Mal. É esta, de facto, a verdadeira Sabedoria, aquela que o Pecado pretendeu apagar no nosso coração, ao levar-nos à pretensão de ver, de saber mais do que o próprio Criador. É este subtil Temor Santo que o Espírito mantém em nós enquanto não abre as comportas da Barragem e não encharca a terra!
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